Capítulo 4: Os heróis lendários.

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Três segundos, foi o tempo que eu consegui acompanhar os golpes antes de se tornarem apenas um borrão de velocidade. O primeiro ataque partiu do Liriat do fogo, suas mãos de tornam  flamejantes e uma sequência de socos começa a ser deferidas contra o Liriat da terra, ele por sua vez gira seu bastão em uma velocidade impressionante, defendendo todos os socos e desviando outros, mas passado três segundos os golpes se tornam invisíveis e imperceptíveis.

Matheus mesmo tendo seus ataques defendidos continua demonstrando extrema confiança, e ao mesmo tempo de divertindo de tal forma que gargalha durante a luta, já Kall’el é mais focado e intenso, a cada golpe que ele desvia parece de concentrar ainda mais na luta.

Passado os três segundos ambos se afastam um do outro, dando um tremendo  estrondo na arena, afundando o chão no local onde eles param. Ambos sacam suas armas e se preparam. Sinto então, algo vindo da arena, uma espécie de energia que me faz arrepiar, eu não sei como, mas eu quase consigo enxergar essa energia como algo físico, uma aura ao redor dos Liriats. Fixo na minha cabeça uma pergunta a fazer para Kallan após o espetáculo.

— Magia do fogo: Flammae laminae. — Matheus conjura um feitiço, e instantaneamente sua espada entra em chamas, um momento de tensão e enfim o encontro.

A espada do Liriat do fogo parte ao meio o bastão de Kall’el, que por sua vez demonstra sua primeira emoção na batalha, tristeza. Ambos se afastam novamente, com leveza, se rodeiam como dois lobos prestes a se atracar.

— Magia da terra: Columnae evolutionis. — Kall’el conjura, e um terremoto atinge de repente a arena, o chão começa a se desmanchar e remodelar, várias e várias vezes, como se os blocos de concreto tivessem se tornado gelatinosos, e da confusão de gelatina, pilares começam a surgir, todos em direção a Matheus, um sorriso psicótico se forma em seu rosto quando todos os pilares maciços de pedra se chocam contra ele.

Ou pelo menos era isso que toda a arena haviam pensado.

De baixo de toneladas de concreto, um feixe de fogo, explode todos os pilares que desabavam sobre o Liriat, o ruivo aparece ileso no meio de todo o caos, o desmoronamento cessa, com uma gargalhada triunfante.

— É o melhor que tem? — A pergunta provocante de Matheus faz a arena explodir em gritos.

— Magia da terra: Destruidora de impérios. — A arena é novamente silenciada, e a tensão é novamente instaurada. Os pilares destruídos começam novamente a se formar, mas de uma forma diferente, eles se amontoam, um sobre o outro, se transformando, se fundindo em um gigantesco dragão,  gigantesco dragão feito de pedras e concreto.

Uma sensação de desespero corrói meu corpo, quando o imponente dragão de 20 metros de altura se ergue na arena, seu corpo feito de escamas de pedra emite um som estridente, semelhante ao de mil carros sendo esmagados ao mesmo tempo, o colosso  a frente de Kall’el lança o primeiro ataque em direção a Matheus.

A cena a minha frente, fluiu em poucos segundos do extremo desespero a um divino espetáculo, o dragão colossal avança cuspindo não fogo, mas pedaços de concreto, o impacto das centenas de pedras batendo no chão me deixa com dor de ouvido. E mesmo de baixo de todo esse caos posso escutar o barulho da espada de Matheus rebatendo todos os ataques do colosso de pedras, um show psicodélico que mal consigo acompanhar.

— Magia do fogo: Infernus interitus. — O contra ataque fulminante faz um calor infernal atingir a arena. ( não que eu sinta calor, mas o termômetro que marca a temperatura atinge 50⁰ graus célsius. ). Um dragão feito inteiramente de chamas azuis surge, ambos os gigantes se tocam e se destroem em pleno ar, causando uma nuvem de fumaça e poeira, seguida pelo som estridente das armas se atingindo.

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