Clichê - MitsuBoru

🐻 Cap 06: Tão Distante

[Mano, que medo escrever isso justamente de madrugada, na minha infância eu realmente morria de medo de fantoches e tenho péssimas lembranças com isso na creche. Ainda tenho desconforto com isso]

☀️ Boruto On

No meio da noite, sentindo os braços de Mitsuki ao meu redor provavelmente acidentalmente, eu tive um sonho.

Meu coração estava aquecido, me sentia protegido e que nada pudesse me machucar. Era só nisso que eu pensava depois de um menino me proteger. Eu não sabia que também era a última vez que eu o veria.

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- Vem Tuki! - Segurei em sua mão e juntos, começamos a correr pelo parquinho. Estávamos rindo juntos e fomos para a caixa de areia, brincávamos juntos todos os dias.

- Você nunca acerta o meu nome. - Disse ele.

- Você também não.

- Hum. - Pensou. - O que vamos construir hoje?

- Eu tava pensando naquele castelo que vimos no desenho ontem. Que tal? - Dei a ideia empolgado.

- Vamos! - Nos empolgamos e começamos a brincar na areia junto com alguns entulhos, como restos de plástico.

Nosso castelo estava ficando incrível, no caminho cantávamos juntos. Só nós dois. Eu e o Tuki.

- Ei, Boru chorão! - Ouvi meu apelido ser chamado e olhei em volta. Murilo e seu amigo vieram até nós com um sorriso malvado no rosto.

Ele sempre mexia comigo, Tuki me ajudava, mas as professoras nunca acreditavam em mim ou no Tuki.

- Tá fazendo coisa de menininha, é?

- O que foi? Deixe a gente em paz! - Tuki já ficou de pé de frente com ele. Já eu, fiquei no chão, escondido.

- Não. Eu quero que saiam daqui. - Disse o amigo dele.

- Sair? - Perguntei.

- Eu quero brincar aqui. Saiam! - Murilo gritou com a gente.

- Não vamos sair, chegamos aqui primeiro e sempre brincamos aqui. - Tuki estava confiante.

- Saiam daqui agora, senão... - Murilo estava começando a ser mais malvado.

- Senão o quê? - Tuki quase cuspiu em seu rosto com raiva.

- Ah! - Gritei ao sentir dor na minha cabeça. Minhas pequenas mãos foram ao topo e outra mão me puxava pelo meu cabelo amarelo. Era o amigo do Murilo. Ele me puxava para cima pelo meu cabelo.

- Boru! - Tuki me gritou. Murilo segurou o braço dele o impedindo de vir até mim.

- Para! Está doendo! - Eu comecei a chorar enquanto ele ria puxando meu cabelo com força. Eu não conseguia me soltar.

- Solta ele agora! - Tuki bateu no Murilo e no seu amigo fazendo-o me soltar. Tuki os encarou feio e os dois foram embora chorar para a professora ou para outro amigo. - Boru, você tá bem? - Se sentou ao meu lado.

- Ahh!... - Eu não conseguia parar de chorar. Eu ainda estava com medo e com um pouco de dor.

- Fica calmo, já acabou. Tá tudo bem agora. - Ele me abraçou. Logo senti o seu cheirinho de chocolate e sua mão no topo da minha cabeça.

- Tuki. - O chamei olhando em seus olhos dourados, saindo do abraço. - Promete que vamos ficar sempre juntos?

- Prometo, Boru. - Ele sorriu pra mim.