Clichê - MitsuBoru

☀️ Cap 14: Sentimentos

☀️ Boruto On

– Mas ainda acho que a melhor cena de diálogo com o protagonista foi com o Dogday. – Ouvi Sarada. Estávamos passeando pelas ruas antes de ir pra casa e preparar nossas coisas pra hoje a noite. Eu não prestava atenção necessariamente na Sarada. – Boruto!

– An? O quê? O que foi? – Sai do transe.

– No que tá pensando? Não me ouviu. – Reclamou com razão.

– Nada. Não tô pensando em nada.

– Tem haver com o Mitsuki? Eu vi o jeito que você olhava pra ele na aula hoje. Aconteceu alguma coisa entre vocês?

– Quê?! Não! Não aconteceu nada, não sei da onde tirou isso! Não aconteceu nada, juro, é sério, de verdade, não aconteceu nada. – Me defendi mal.

– Aham. Vai, fala pra mim, o que aconteceu? Você tá esquisito hoje. Bom... Esses dias você tá estranho. Foi no sábado? Digo... Vocês passaram a noite juntos... – Ela disse.

– O que está insinuando? Não aconteceu nada.

– Se não aconteceu nada entre vocês, por que não parava de o olhar? Ou não se importa se ele estiver percebendo isso? – Me perguntou.

Passei a mão no cabelo desviando o olhar, não a respondendo. O que eu teria de responder? Não aconteceu nada... Além do beijo...

– Boruto, eu sei que está escondendo alguma coisa, fala pra mim. – Ela pediu.

– Tá, tá bom... Eu... Eu acho que... – Pausei ao ver um garoto de cabelo platinado, me lembrou do Mitsuki.

– Boruto!

– Éh... Eu tava pensando se ele é o garoto do incêndio. Só isso.

– Não é só isso. – Nos sentamos em um banco. – Boruto, você está gostando dele?

– Que?! Gostando dele?! Sarada! Por favor, ele é um garoto! Eu nunca ficaria com ele!

– Ah não?

– Não...? – Ela está me assustando.

– Nem um pouquinho?

– Nem um pouquinho. – Ela continuou me olhando, eu fiquei nervoso. – Acha ele bonito?

– Humm... Não sei se folha sulfite é o meu tipo... E o seu?

– Ah qual é, não chama ele assim. – Sorri. – Mas... – Pensei um pouco. – Sei lá, ele é bonito. Me lembra... Um bosque coberto de neve em uma tarde fria ensolarada. – Comecei a mexer nos dedos e olhar para baixo.

– ... Continua.

– Não sei, ele me passa a sensação de calmaria, inteligência e segurança... Ele também ri fácil e... É bem observador... Toda vez que olho pra ele, me imagino nesse bosque congelado fazendo sol num final de tarde. – Pensei nisso sorrindo bobo.

– Humm...

– Não! Não foi assim que eu quis dizer! – Me desesperei. Falei demais. – Não é isso que você tá pensando, eu só-

– Não precisa me dizer mais nada, Boruto. – Ficou de pé.

– ... Está chateada?

– Chateada com o quê?

– De eu achar ele bonito?

– Não é isso. Tá, eu não imaginei que você... Gostasse disso... – Falou baixinho. – Mas o que me dói mais é você não confiar em mim pra dizer essas coisas. – Ela voltou a falar mais alto. – Boruto, a quanto tempo a gente se conhece?