Capítulo Onze

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E ai o que estão achando? Quero saber da opinião de vocês. <3

Fiz um trailer para o livro, o que acharam?

A recuperação da Flor ia bem, mas era bem lenta, ela sentia muitas dores até mesmo para respirar, eu precisei reclamar no hospital diversas vezes porque eles pareciam não estar medicando ela para dor. Pouco depois ela voltou para casa, era teimosa, queria levantar, fazer tudo, mas depois ficava sentindo dor e com falta de ar.

- Eu não aguento mais ficar deitada. – Falou.

- Eu sei amor, mas você precisa descansar por enquanto.

- Eu quero ir lá fora.

- Só na cadeira de rodas.

- Mas eu tô bem, posso andar.

- São muitos passos até lá e você pode ficar com dor ou falta de ar. – Ela fez careta.

- Eu não vou ficar.

- Você falou isso no banho e você ficou. – Falei de maneira óbvia.

- Foi um caso isolado. – Eu a encarei e ela virou o olhar.

- Eu sei como é horrível ficar em cima de uma cama tendo que depender dos outros, mas é necessário agora. Você acha que eu gosto que a Silvana fique te vendo pelada todo dia.

- Mas você fica no banheiro com a gente. – Ela riu.

- Mas ainda assim ela te vê pelada, ficou com você no hospital e cuida de você.

- Já conversamos sobre isso.

- É, mas como você se sentiria se fosse ao contrário? Eu me sinto uma inútil, eu nem posso cuidar da minha mulher e nem fazer nada por ela.

- Você fica aqui comigo...

- Mas se você precisa ir ao banheiro é ela quem eu tenho que chamar...

- Liana... eu sei que é difícil para você, tudo isso aconteceu não é porque você não consegue andar, mas porque dois homens fizeram uma cilada e eu fui descuidada. – Ela segurou minha mão.

- Se meu pai não tivesse aparecido você teria morrido porque eu não tinha como te ajudar.

- Mas ele apareceu. – Eu coloquei as mãos no rosto e comecei a chorar. – Amor... – Ela segurou minha mãos e me puxou para mais perto. – Eu amo você, não foi culpa sua.

- Eu não consigo parar de pensar que se eu andasse as coisas seriam diferentes, só que eu não posso.

- Você pode sim, mas precisa de um tratamento mais adequado. Eu já falei isso antes e falo isso agora, você deveria buscar o tratamento correto, se você quer voltar a andar.

- Você sabe que isso resulta no nosso término, não sabe?

- Um coração partido por ver o amor da minha vida se realizando e feliz, eu não me importo em pagar esse preço.

- Estar com você me faz tão feliz, eu não quero perder isso.

- Amor, você devia ir e tentar se recuperar totalmente, se perder mais tempo pode se tornar uma lesão irreversível, eu podia tá meio grogue, mas eu ouvi você conversando com o médico e o que ele disse.

- Eu não quero te deixar, ainda mais agora. – Soltei um longo suspiro.

- Eu vou ficar bem e não é um adeus, é apenas um até logo. – Me abraçou. – Eu estarei sempre pensando em você e torcendo por você.

Minha doce matuta (Romance lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora