Antes tarde do que nunca, mas estou aqui. Estamos caminhando para o fim e espero que estejam gostando <3
Com o passar dos meses a realidade do casamento estava se tornando real, Flor cada vez mais estressada e ocupada com isso, eu tentando dar suporte da melhor forma que eu podia, mas nem sempre conseguia e sei que ela estava sobrecarregada, mas a rotina do hospital estava muito puxada.
- Dra Welser, tem duas crianças aqui dizendo que são seus sobrinhos. – A enfermeira da pediatria abriu a porta.
- Só um minuto. Com licença. – Me levantei rapidamente e vi Paulo e Teo, os dois estava sujos de terra e com bastante ralados. – Meninos o que houve? – Falei nervosa.
- O Paulo roubou o Djabo e caímos. – Teo respondeu.
- Quem trouxe vocês?
- Um moço de moto. – Paulo falou.
- Foi na moto que vocês caíram?
- Não, o Djabo derrubou a gente quando se assustou com a buzina da moto. – Paulo respondeu.
- Meu Deus, venham. – Peguei eles pela mão. – Eles precisam fazer radiografias, ver se quebrou algo.
- Eu não quero ir. – Teo falou.
- Querido está tudo bem, não vai doer. – Tentei acalmá-lo.
- Eu não quero ir. – Esbravejou.
- Faltam quantos pacientes hoje?
- Mais dois. Contando o que está dentro do consultório. – A enfermeira falou.
- Vê se consegue remanejar o segundo para outro médico e na próxima consulta eu faço ela normalmente.
Eu terminei a consulta e pedi para ligarem para Flor e Silvana, acompanhei os dois e nenhum deles tinha fraturas, mas a dor no corpo começou a se fazer presente quando o sangue deles esfriou e por mais que remédio oral fosse o melhor, preferi intravenoso para fazer efeito mais rápido.
- Eu chamei a polícia achando que tinham roubado o cavalo. – Flor falou. – Ele disse por que fez isso?
- Não. Em casa vocês conversam quando ele acordar.
- Sim, terei uma conversa séria com Paulo, porque eu sei que a ideia é dele.
- Só tenha paciência com ele, as vezes vocês dois brigam e acabam passando do ponto. Ele só tem onze anos.
- Mas já é desbocado.
- Igual a você nessa idade. Só tenha paciência.
Quando fomos para casa eles estavam dormindo por conta da medicação, Maria Flor estava inquieta, eu sabia disso, mas eu tentava acalmar a situação. O cavalo foi encontrado por outro fazendeiro e ele estava machucado, provavelmente traumatizado e teve até que ser sedado.
- Estão todos bem, Flor. – Falei assim que vi Paulo sair do quarto. – Seja razoável.
- Eu não ter dado uma surra nele foi o razoável.
- Bater não é solução.
- Talvez fosse, aí ele não iria fazer isso. – Ela foi até ele. – João Paulo, por que fez isso? – Maria Flor falou com um tom mais rígido.
- Porque eu quis fazer. – Ele simplesmente respondeu.
- Por que faz essas coisas? Causa problemas para as pessoas e age assim? Eu não sei mais o que fazer com você. Você poderia ter se matado e matado seu irmão.
- Agora você tem tempo para prestar atenção em mim e no Teo? Por que não volta a prestar atenção na sua nova família? – Ele estava chorando e gritando. – Você deveria nos devolver logo para nossa mãe, já que você não nos quer mais, eu não sou se filho mesmo.
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Minha doce matuta (Romance lésbico)
RomanceApós sofrer um grave acidente Liana volta para a fazenda na qual cresceu, com limitações físicas e tendo que lidar com os traumas deixados pelo acidente, Liana reencontra Maria Flor, a filha da sua cozinheira e babá, que agora é uma mulher adulta e...