Capítulo Vinte e nove

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Antes tarde do que nunca, mas estou aqui. Estamos caminhando para o fim e espero que estejam gostando <3

Com o passar dos meses a realidade do casamento estava se tornando real, Flor cada vez mais estressada e ocupada com isso, eu tentando dar suporte da melhor forma que eu podia, mas nem sempre conseguia e sei que ela estava sobrecarregada, mas a rotina do hospital estava muito puxada.

- Dra Welser, tem duas crianças aqui dizendo que são seus sobrinhos. – A enfermeira da pediatria abriu a porta.

- Só um minuto. Com licença. – Me levantei rapidamente e vi Paulo e Teo, os dois estava sujos de terra e com bastante ralados. – Meninos o que houve? – Falei nervosa.

- O Paulo roubou o Djabo e caímos. – Teo respondeu.

- Quem trouxe vocês?

- Um moço de moto. – Paulo falou.

- Foi na moto que vocês caíram?

- Não, o Djabo derrubou a gente quando se assustou com a buzina da moto. – Paulo respondeu.

- Meu Deus, venham. – Peguei eles pela mão. – Eles precisam fazer radiografias, ver se quebrou algo.

- Eu não quero ir. – Teo falou.

- Querido está tudo bem, não vai doer. – Tentei acalmá-lo.

- Eu não quero ir. – Esbravejou.

- Faltam quantos pacientes hoje?

- Mais dois. Contando o que está dentro do consultório. – A enfermeira falou.

- Vê se consegue remanejar o segundo para outro médico e na próxima consulta eu faço ela normalmente.

Eu terminei a consulta e pedi para ligarem para Flor e Silvana, acompanhei os dois e nenhum deles tinha fraturas, mas a dor no corpo começou a se fazer presente quando o sangue deles esfriou e por mais que remédio oral fosse o melhor, preferi intravenoso para fazer efeito mais rápido.

- Eu chamei a polícia achando que tinham roubado o cavalo. – Flor falou. – Ele disse por que fez isso?

- Não. Em casa vocês conversam quando ele acordar.

- Sim, terei uma conversa séria com Paulo, porque eu sei que a ideia é dele.

- Só tenha paciência com ele, as vezes vocês dois brigam e acabam passando do ponto. Ele só tem onze anos.

- Mas já é desbocado.

- Igual a você nessa idade. Só tenha paciência.

Quando fomos para casa eles estavam dormindo por conta da medicação, Maria Flor estava inquieta, eu sabia disso, mas eu tentava acalmar a situação. O cavalo foi encontrado por outro fazendeiro e ele estava machucado, provavelmente traumatizado e teve até que ser sedado.

- Estão todos bem, Flor. – Falei assim que vi Paulo sair do quarto. – Seja razoável.

- Eu não ter dado uma surra nele foi o razoável.

- Bater não é solução.

- Talvez fosse, aí ele não iria fazer isso. – Ela foi até ele. – João Paulo, por que fez isso? – Maria Flor falou com um tom mais rígido.

- Porque eu quis fazer. – Ele simplesmente respondeu.

- Por que faz essas coisas? Causa problemas para as pessoas e age assim? Eu não sei mais o que fazer com você. Você poderia ter se matado e matado seu irmão.

- Agora você tem tempo para prestar atenção em mim e no Teo? Por que não volta a prestar atenção na sua nova família? – Ele estava chorando e gritando. – Você deveria nos devolver logo para nossa mãe, já que você não nos quer mais, eu não sou se filho mesmo.

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⏰ Última atualização: Apr 01 ⏰

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Minha doce matuta (Romance lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora