Capítulo 39 - Antônio

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Antônio

Apesar de passar por tantas coisas durantes anos, nem todas as humilhações. Nem toda as torturas físicas e emocionais, nem todo o desprezo e ódio que sempre tive pelo meu pai. Nada supera a dor de nunca ter conhecido a minha mãe, só tenho a imagem do rosto dela porque uma vez encontrei uma foto da minha mãe em um dos quartos da casa.

Eu tinha ficado tão feliz, eu tinha algo no que me agarrar. Um rosto que antes era invisível, agora tinha se tornado real. Ela era linda, mais por alguma razão essa felicidade durou pouco. Como uma criança inocente nos seis 7 anos de idade. Fui correndo até meu pai com a foto da minha mãe em minhas mãos pequenas e frágeis, entrei em seu escritório onde havia muitos outros homens representantes da máfia.

Flashback on

Antônio: Pai, pai olha só o que eu encontrei. - Falei gritando

Carlos: O que é isso seu moleque? Não estava vendo que estou ocupado?

Antônio: Desculpa pai, só queria mostrar que encontrei um tesouro. - Eu falo sorrindo mesmo com muito medo

Carlos: Tesouro? Me mostra logo o seu tesouro moleque.

Antônio: Isso, olha é a mamãe. Ela estar.... estar tão linda e ...- Paro quando meu pai começa a gritar

Carlos: Seu moleque burro, essa porcaria não é um tesouro. Isso é um lixo e ele vai para o lixo como tudo que tinha aqui da sua mãe. Você deveria esquecere-la para o seu bem Antônio, você é uma merdinha inconveniente igual a sua mãe. Ela era uma puta como todas as outras, e só merece o meu desprezo. Ela não ligava pra ninguém, principalmente para um moleque imprestável como você. Por isso ela me abandonou. -Ele grita alto

Antônio: Para , para de falar assim da minha mãe...você é um demônio e eu te odeio. -Falo em meio as lagrimas

Carlos: Seu moleque atrevido. - Ele me dá um tapa no rosto e me empurra no chão. Coloca um dos seus pés sobre a minha barriga com força.

Antônio: Me solta desgraçado. -Eu falo quase sem ar

Carlos: Eu devia te matar seu moleque, você não é nada. Nada pra mim, você só é um estorvo. Sua mãe devia ter de abortado. O único filho que eu tenho é o seu irmão Mario, ele sim merece tudo de mim. Inclusive o meu amor, coisa que você nunca terá moleque nojento. - Ele sorrir sinistramente enquanto pega uma arma que estava em seu paletó. Até que Mario chega naquele momento.

Mario: Que isso pai, solta o meu irmão agora. - Ele fala com ódio

Carlos: Não é o que parece filho, seu irmão me desrespeitou e ele merecia uma lição. - Ele diz mudando o tom de voz.

Mario: Cala boca seu velho, nunca mais encoste no meu irmão. - Meu irmão que era adolescente falou

Carlos: Esse é o meu filhão. -Ele diz sorrindo enquanto pega o retrato de minhas mãos e tira seu pé com seus sapatos caros de cima do meu estomago.

Mario: Vem Juninho, vamos embora. -Meu irmão estende uma mão para mim.

Antônio: Eu não vou sair daqui até o nosso pai devolver a foto da mamãe. - Eu falo o fuzilando com os olhos, ele me olha com desprezo enquanto alguns de seus colegas ficam em choque e outros apenas curtindo aquele show. Ele se aproxima da novamente de mim.

Carlos: É isso que você quer moleque chorão? - Ele pergunta sorrindo

Antônio: Sim. -Eu digo limpando meus olhos

Meu Querido MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora