Cuatro

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📌 Rio de Janeiro. Na mesma madrugada.

C A M I L L A

Raphael Veiga. Ele mesmo. Fomos apresentados por Bruna, ex-noiva dele. A família dela é próxima da minha família. Enfim, nada muito extraordinário. Mas eu nunca, nunca imaginei que chegaria ao ponto de estar dentro do mundinho dos jogadores.

Sempre consegui separar muito bem o meu trabalho como colunista e apresentadora, da relação pessoal com os meninos. E eles sempre confiaram em mim para me deixar transitar livremente por ali. A relação de confiança era e é mútua. Quando aconteceu a noite com Matías eu preferi me afastar um pouco. Era melhor pra mim e pra ele, principalmente depois que Florencia voltou para a vida do jogador.

Eu continuei saindo com o Rapha, com o Dudu, até tive um date com outro uruguaio, que chegou logo após a saída de Viña. Inclusive, quando ele foi jogar na Europa, consegui me sentir bem para voltar a frequentar a rodinha dos meninos. Tudo no tempo certo. Mati voltou a ser só um nome na minha listinha.

— Você me ligou pra avisar o óbvio? Você sempre faz merda. — é como se o camisa 23 lesse meus pensamentos. A câmera agora ligada foca em um Veiga com a expressão cansada. — Ai, Tatiana. — o jogador reclama de um tapa que leva.

— Fala direito com a menina, amor. Você não é assim. — a voz feminina me faz sorrir. Tati é sempre assim. — Oi, Cami, como você tá?

Tatiana e eu nos vimos pessoalmente pouquíssimas vezes, eu estava no dia do churrasco de comemoração que o Gabigol apareceu, e nas outras vezes nos esbarramos no Allianz. Ainda não tive tempo de visitar Pietro pois assim como a vida dos pais de primeira viagem está uma bagunça por conta do nascimento do pequeno, a minha vida está uma bagunça por causa da mudança pro Rio. Mas, uma hora conhecerei o único herdeiro de Raphael Veiga, por enquanto.

— Oi Tati. Não to te vendo. A cabeça do Rapha tá ocupando toda a tela. — brinco e o meio campista faz careta.

A câmera é virada para a loira que está deitada na cama enquanto amamenta uma mini pessoa.

— É. Tô dando um lanche da madrugada pra esse nenêzinho, não é, filho? Diz oi pra Tia Cami. — ela pega o celular da mão de Raphael e filma Pietro me fazendo sorrir de orelha a orelha. Lindo.

— Cara. Como ele pode ser tão parecido com o Raphael mas em uma versão bonita? — não perco a chance de zoar.

— Vem cá, Camilla. Pra quê você ligou mesmo? Qual a merda que você fez? — o camisa 23 usa do deboche pra cortar minhas zoeiras. — Meu filho é lindo igual eu, e igual a mãe. — ele olha amorosamente para Tatiana que sorri apaixonada.

Gatilhos. Invejo a linda família que meu amigo construiu. Eles sempre parecem muito felizes.

— Não sei se eu quero desabafar com você, Raphael. — faço careta. — Tati, pode me ouvir?

Vejo a carranca se formar no rosto do jogador.

— Nada disso. Desabafe com os dois. Conselhos do casal Tatiel, sabia que esse é o nome do nosso shipper entre a torcida?

Sorrio fraco. Tatiel. Quem imaginaria que depois da decepção com Bruna, Raphael encontraria alguém que lhe faria tão feliz.

— Então tá, Tatiel. Vocês sabem que eu cheguei aqui no Rio hoje, mais uma viagem pra resolver as coisas e vir embora de vez pra cá. — os dois assentem. — Então, sabe quem está no mesmo hotel que eu? O seu amigo traidor que assinou contrato com o Flamengo.

Miénteme • Matías Viña Onde histórias criam vida. Descubra agora