Prólogo

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Meta: 20 comentários (emojis e comentários aleatórios serão desconsiderados)

Esse capítulo contém mais de uma narração. Atenção.

📌 2020 

M A T Í A S 

O jeito que o corpo dela se move me deixa extasiado. Camilla tem livre acesso a tudo que envolve o Palmeiras desde o dia que eu cheguei aqui. Com o queixo sempre levantado, nunca deitou para ninguém que tentasse lhe rebaixar de alguma forma. 

Confiante. Extremamente confiante. 

Mas lá no fundo o olhar dela também transmite desconfiança. Só que poucos percebem. Eu não deveria perceber. Olhar para ela me causa frio na barriga. Ainda mais depois que tudo começou a desandar na minha vida. Mesmo nunca tendo trocado muitas palavras com ela, é como se esse olhar me fizesse acalmar.

Sensação maluca. 

E agora que me arrastaram para essa festa meus olhos não conseguem parar de encará-la. 

Completamente sensual, com um toque de doçura. Ela é imponente. Ela sabe do poder que tem. Ela é encantadora. O jeito que respira fundo enquanto dança devagar ao lado das outras mulheres. E mesmo assim ela se destaca. Os cabelos enrolados me deixam com os lábios secos. 

— Cuidado pra não arrancar um pedaço dela com os olhos, irmão. — Veiga sussura perto de mim e eu me assusto de leve saindo completamente do transe. 

— Oi? — me faço de desentendido. 

Tá tão na cara que estou olhando para ela? 

— Você tá secando a Camilla. Chega nela. Não tem nada que te impeça. — o camisa 23 me instiga. 

Ele tem razão. Florencia terminou comigo recentemente. Tudo por aqui está extremamente confuso.

Non. — balanço a cabeça em negativo mas talvez tudo que eu queira seja realmente ela mas eu hesito. 

— Qualé, uruguaio. O máximo que você pode levar é um não. E do jeito que ela é brava... Não duvido. Mas se fosse você, eu ia. — o camisa 23 sorri. — Só não vou porque ela é minha amiga. 

Respiro fundo de novo. Camilla realmente não tem papas na língua. Diz tudo que pensa. Na lata. Sem medo algum. Talvez seja isso que mais me atraía nela. 

— Só uma noite, Mati. Não precisa casar com ninguém. — Raphael continua falando no meu ouvido. 

— Uma noche. — repito baixinho e levanto de onde estou. 

C A M I L L A 

Não sou nenhum Léo Dias, eu sei. Meu trabalho é com jornalismo de verdade, mas eu amo estar nessas festinhas dos jogadores porque sempre tem boas fofocas. Dessa vez quem me chamou foi o Eduardo, e eu não perderia por nada a oportunidade de vir. 

Trabalhar como setorista do Palmeiras sempre foi um sonho, mas sei que é só o começo de um futuro grandioso para mim. 

— Oi. — me assusto com a voz masculina perto de mim. Matías Viña

— Oi. Não vi sua namorada por aqui, lateral. Na verdade, é uma surpresa te ver por aqui. — umedeço os lábios.

Nunca trocamos muitas palavras a não ser nas entrevistas. E ele é quase sempre muito calado. Mas nunca me comprou. Quietos são os piores. 

Tu realmente dices todo lo que vem na mente. — ele ri baixo. — Estoy solo

Isso me pega de surpresa. Pareciam um casal tão lindo. 

— Entendi. E a que devo a honra? — fito o jogador. O cabelo arrumado e os olhos fundos me chamam atenção. Ninguém chega em outra pessoa do nada em uma festa. Principalmente aqui.

Minha atenção desvia rapidamente para Raphael Veiga. Ele olha para nós dois com um sorrisinho sacana no rosto. E aí eu entendo tudo. Mais ainda. Tem dedo dele nisso. Maldita hora que viramos amigos.

Estás más hermosa que de costume hoy. — fala sem medo e eu sorrio baixo.

Quem diria. Matías Viña soltando as asinhas e me mostrando que eu estava certa. De bobo não tem nada. 

— Raphael que te mandou vir aqui não foi? — gargalho baixo. E ele assente. Eu vi os dois conversando antes também e como eu disse, Raphael não dá ponto sem nó.

O lateral se aproxima ainda mais de mim, o que me faz respirar fundo. O que eu tenho a perder? Nada. Não vai ser nada sério. E porra, o cara é um pedaço de mal caminho. Se ele tá solteiro e a intenção é realmente a que eu tô pensando, não custa nada. Eu só tenho a ganhar com isso. Não é falta de profissionalismo, é saber aproveitar as oportunidades.

— O que acha de conversarmos em outro lugar? Aqui tá muito barulho. — mordo os lábios e me afasto indo em direção a porta. O jogador assente e eu sinto a malícia no ar. Ando na frente e ele me acompanha para fora dali.

A noite promete. Só uma noite. Eu vou fazer valer a pena. 

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Cara, que saudades disso. Que saudade de fazer uma Nota da Autora kkkkkkk Como vocês estão? Quanto tempooooo!!!! Morro de saudades daqui todos os dias :( mas infelizmente minha rotina de universitária do último ano não me deixa nem pensar muito em voltar pra ou escrever regularmente.

Então, como eu disse nos avisos, eu não pretendo voltar a escrever nenhuma das histórias por agora, vou publicar Miénteme. Essa história é uma shortfic, ou seja, serão poucos capítulos que estão escritos, batam a meta e eu vou publicando, bom?

Não esqueçam de dizer o que vocês estão achando e se estão gostando. Deixem a estrelinha e me sigam no Instagram @arraxcafeelings

Beijo e até o próximo! 💖 (que saudade disso também kkkk)

Miénteme • Matías Viña Onde histórias criam vida. Descubra agora