Trés

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Meta: 35 comentários (emojis e comentários aleatórios serão desconsiderados)

📌 Rio de Janeiro. No mesmo dia.

C A M I L L A

Matías beija todo meu colo sem nenhuma pressa. Do meu ombro até meu pescoço, por toda parte onde a camisola não cobre. Como da primeira e única vez que ficamos, ele sabe que me tem. Ele sabe que está no comando. Mas eu, mesmo vencida, não vou somente aceitar a perda.

Meu corpo se choca com o estofado da cama que eu mesma já tinha bagunçado e organizado mais cedo um pouco. Com muita facilidade, o lateral desliza as alças da minha camisola pelo meu corpo, me deixando ali, nua, completamente a disposição dele. Pra ele. Totalmente entregue. Agora o jogador beija meus seios, mordiscando um lado do meu peito enquanto usa os dedos para brincar com o outro. Suspiro alto.

Porra.

Conforme Matías vai descendo por cada pedacinho do meu corpo, o êxtase toma conta de mim, como da primeira vez, é como se já tivéssemos feito isso muitas e muitas vezes. Ele sabe cada lugar que deve tocar. Isso se cumpre quando ele toca meu clitóris com um dos dedos antes de descer o rosto completamente até ali. Todo meu corpo arrepia e ali mesmo continuo entregando todo meu prazer conforme sinto a barba do jogador roçar pelo interior da minha coxa, passeando por toda a extensão desnuda até tocar ali, no lugar certo, os dedos antes estimulando, são deslizados para dentro de mim, o que me faz arquear levemente as costas e soltar um gemido um tanto agudo.

Na intensidade e maestria que ele vai me chupando, sinto minhas pernas formigarem.

— Mati... eu... — arfo sem conseguir completar minhas frases.

Que bueno es te ouvir gemer mi nombre. — levanta os olhos para me olhar. — No mereces gozar ahora.

O jogador levanta de onde está e nossas bocas voltam a se encontrar.

Sei que gosta de mandar, pero hoy non vai escolher nadie aquí. — o sotaque forte misturado com o ar um tanto arrogante me deixa ainda mais acesa, como se isso fosse possível.

E eu só me entrego. Mesmo sabendo que vai ser só mais uma noite. Só mais nada sem significado. Eu vivi sem todo esse êxtase a vida inteira, por que nao posso viver depois de agora também? Tenho que parar de pensar e curtir o momento. É só o momento que importa.

Ainda dominando, Matías levanta minhas pernas e as encaixa no ombro, deslizando facilmente para dentro de mim. Não poupo os gemidos a cada estocada funda. Que todos nos ouçam, porque o nosso sexo é simplesmente fenomenal. Levanto os olhos para encará-lo. Olho no olho. Observo cada detalhe do rosto do jogador. A respiração descompassada e o semblante sério não conseguem esconder o prazer que ele sente, é nítido a cada vez que ele vai mais fundo dentro de mim, a cada arfada alta que ele dá enquanto passa a mão por cada parte do meu corpo.

Como se não fosse suficiente, a posição que o lateral escolheu o deixa livre para novamente massagear meu clitóris enquanto me penetra. Consigo ver as estrelas com o modo como ele me estimula, novamente minhas pernas esquentam e formigam, sinto que não vou aguentar muito tempo, e pelo visto, ele também não. As estocadas vão ficando cada vez mais rápidas, nossos gemidos e arfadas se misturam, o suor que escorre dos nossos corpos é o que menos importa no momento. E em minutos gozamos juntos.

Matías se joga ao meu lado sem fôlego. Eu permaneço ali imóvel, enquanto minhas pernas decidem voltar a funcionar. Precisávamos disso. O problema é que eu quero mais. Muito mais de hoje. Mas não sou eu quem pedirá a ele. Da última vez, menos de um mês depois do que tivemos, o lateral e sua ex, Florencia, voltaram. Confesso que isso me balançou, justamente por eu querer mais. E tudo bem, já passou.

— Por favor, sai do meu quarto. — peço baixo recuperando o fôlego.

— ¿Cami, estás loca? — olha nos meus olhos e eu nego silenciosa. — Non gostou? — Viña parece confuso.

O problema é exatamente o contrário. Somos muito bons na cama. Apenas isso. É assim que eu vejo ele e assim que ele me vê. E isso não era um problema pra mim naquela época, ou eu pelo menos não achava que era. Mas nesse exato momento, eu me sinto extremamente incomodada de ser apenas isso.

— Foi ótimo, Mati. Mas não podemos. Veste sua roupa e vai pro seu quarto. Não contesta. — peço novamente e ele bufa levantando de onde está.

Fica bien. Cualquier cosa, estoy aquí al lado. Non pensa que non hablaremos depois. — se afasta devagar depois de se vestir. O jeito mandão e irônico é substituído por um jeito mais doce e compreensível. Odeio como ele transita nessas personalidades.

Assim como conversamos depois da primeira vez? Até parece. Penso comigo. No fundo, tenho pânico de qualquer conversa séria. Ainda mais com Matías Viña. Prefiro e continuarei fugindo.

— Tá bom, Matías. Tchau. — aceno com a mão de forma irônica antes do jogador sair do quarto batendo a porta com força.

E novamente estou sozinha. Depois de uma noite de sexo perfeita, me sinto vazia. Eu que sempre sou revestida de confiança, acabo me sentindo pequena, insuficiente. Da mesma forma que me senti da última vez, mas que preferi e prefiro esconder.

Minutos se passam e eu decido fazer o que acho mais lúcido no momento. Desabafar com quem sempre me ouviu desde que comecei a trabalhar no ramo do futebol. Ele me levou na primeira festa com o restante dos meninos. Ele que me apresentou Matías. Ele que sempre me avisou que eu não deveria me envolver. Ele que é ídolo dessa geração do meu time.

O telefone toca várias vezes. Penso em desligar. Ele deve estar muito ocupado agora que tem uma família, agora que o neném que ele tanto quis, nasceu. E eu enchendo saco com meus problemas. Mas ele é o único que pode me entender, afinal, foi o único que vivenciou isso da primeira vez. E mesmo quanto tempo fiquemos sem nos falar, a amizade continua a mesma, abertos a falar sobre tudo.

Quase no toque final alguém atende. A minha câmera está desligada, do outro lado está do mesmo jeito, mesmo assim, ajeito para vê se consigo ver algo dele.

— A que devo a honra da ligação depois de tanto tempo, Camilla? — ouço finalmente a voz do jogador e o choro de neném ao fundo também me chama atenção.

— Oi Rapha, fiz merda. — minha voz falha.

Eu sempre faço merda.

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A SURPREESA NO FINAAAAALLLLL!!!!!!! POR ESSA NEM O FUTURO ESPERAVA 🫣🫣🫣🫣🤪🤪🤪✨️✨️✨️✨️✨️

SIMMMM!!!!! MIÉNTEME SE PASSA NO MESMO UNIVERSO DE DY (minha história com o !!! E a surpresa continua no próximo capítulo, então, comentem muitooooo!!!!

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Miénteme • Matías Viña Onde histórias criam vida. Descubra agora