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"Eu não sabia, mas um par de olhos azuis iria me salvar de mim mesma."

Ser uma ninja não é fácil, principalmente quando se mora em um país pequeno. Ser um ninja vai muito além de lutar e ganhar dinheiro. Ser ninja é muito mais do que isso, pelo menos para mim.

Meus pais são ninjas de Konoha, a famosa vila da folha. Hoje, quando eles chegarem, eu vou com eles, para me tornar uma ninja de verdade.

Tenho 17 anos, daqui a quatro meses completarei 18 anos. Não fiz academia ninja ou algo do tipo, mas meus pais sempre me ensinaram muito bem. Acredito que meu nível é de uma genin.

Seguir o caminho ninja é difícil. A maioria se esforça e acaba morta em combate, mas não será o meu caso. Irei ser igual à minha mãe e ao meu pai, me esforçar muito para ser a melhor!

Moro em um pequeno país, o País das Ondas. Eu amo aqui, amo o mar, a pescaria, as pessoas, as tradições, mas aqui não é o meu lugar. Se eu quiser ser uma ninja de sucesso, aqui não será o lugar onde conseguirei.

Hoje, vou fazer um jantar e avisar meus pais sobre minha decisão de ir para Konoha, na verdade, conversar com eles.

Encaro a Grande Ponte Naruto, esperando meus pais. Sempre os espero e corro para abraçá-los, já que passo a semana toda sem vê-los.

Já havia passado horas e nada deles, até que ouço passos vindo até mim e já pego uma kunai, sempre ando com uma por precaução.

— s/n? — ouço uma voz doce e logo guardo minha kunai — Desculpa, não queria te assustar.

— Tudo bem, Inari, só não chega mais assim do nada, ok? — observo o garoto fofo em minha frente.

Inari é a coisa mais linda, acho ele uma gracinha, o considero um irmão. É uma das coisas que vou sentir falta daqui.

— Desculpa, s/n — o pequeno diz timidamente — O vovô pediu para eu vir te chamar para o jantar que vai ter lá em casa hoje à noite — ele diz sorrindo, o que me faz dar um sorrisinho.

— Acho que não, marquei de fazer um jantar com meus pais — dou um sorriso— Mas se eu puder, irei aparecer lá. — digo ainda sorrindo.

— Tá bom, s/n, até mais tarde... talvez, né? — Inari passa a mão atrás da nuca rindo — Tchau, s/n.

— Tchau, Inari — digo rindo e vejo ele sair dali.

Inari é meu vizinho, conheci ele quando me mudei para cá. Quando era menorzinha, ele ainda era um neném, e me apaixonei por ele assim que o vi. Ele é um fofo, como não tenho irmãos, sempre o considerei como um. A família de Inari sempre me acolheu quando meus pais iam para missão. Gosto muito deles.

Após um tempo, já estava anoitecendo, então resolvo ir para casa.

O que será que aconteceu com meus pais? Eles nunca se atrasam.

Meus pais nunca vão para missão de nível S, apenas missões simples, como missões D, C ou B, nunca missão A ou S.

Estava morrendo de fome, penso em fazer algo, mas lembro do convite de mais cedo de Inari, então vou até sua casa e toco a campainha.

— Oi, querida, entre — Tsunami diz olhando para mim. Por mais que ela estivesse sorrindo, dava para ver em seu olhar que ela estava chateada.

— Sente-se, s/n, precisamos conversar... — Tazuna diz também magoado.

Será que aconteceu algo com o pequeno Inari? Não o vejo assim desde a morte do pai dele.

— O que aconteceu? Por que estão tão sérios? Aconteceu algo com Inari?! — digo um pouco aflita e desesperada, mas me sento como eles pediram.

Se acontecer algo com Inari, eu ficarei muito magoada. Inari é um menino incrível que o mundo não merece.

Vejo apenas Tazuna respirar fundo e me entregar uma carta. Assim que abro e começo a ler, sinto meu mundo desabar e meus olhos encherem de água.

" Avisamos a família de Yukihiro Yuhi e Akira Senju que foram mortos em combate. O enterro será em Konoha, fazemos um memorial de respeito, afinal, eles foram ótimos ninjas que ajudaram muito a vila da folha.
Meus sentimentos a família.
Ass: Hokage Da vila da folha"

Mortos em combate? Meus pais? O que será de mim agora? Minha família sempre foi a base de tudo para mim, afinal, somos os últimos do clã Senju... no caso, agora eu sou a última do clã. Eu estou sozinha agora. Completamente sozinha...

Todas as memórias vêm à tona agora; os penteados que minha mãe fazia em mim, as pescarias com meus pais, nossa corrida na água... os treinos pesados com meu pai, e nossos passeios de barco.

Agora tudo acabou... Isso não pode ser verdade...

Não posso nem saber agora o que eles achavam sobre eu ir para Konoha... onde vou morar agora? Eu planejava morar lá com eles.

Não vou nem conseguir viver sem a sabedoria dos meus pais agora. Não tenho amigos e não posso viver sozinha para sempre. O que será de mim?

— Me fala que isso é mentira... por favor — abaixo minha cabeça e sinto as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

..

O luto é algo difícil. Acredito que poucas pessoas conseguem superar. A gente nunca supera o luto, apenas aprendemos a conviver com ele.

Nesse momento, estou em Konoha, olhando para o túmulo de meus pais.

Não faço a mínima ideia do que fazer em minha vida. Eu iria morar com eles aqui em Konoha, e agora Konoha está aqui, mas sem eles. Então, acredito que não é o meu lar.

Porém, no País das Ondas, é difícil ficar lá também. Todo lugar me lembra deles, e isso dói muito.

Coloco as flores no túmulo e faço uma última oração, pedindo para eles cuidarem de mim, não importa onde estiverem.

Respiro fundo e fecho os olhos, tentando decidir o que fazer da minha vida, até que sinto uma mão em meu ombro, o que me faz assustar e abrir os olhos rapidamente.

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Espero que tenham gostado do primeiro capítulo, não esqueçam que deixar uma estrela para eu continuar motivada a escrever essa fic

Bjs bjs 💋

ᴏᴘᴘᴏsɪᴛᴇs | 𝐧𝐚𝐫𝐮𝐭𝐨 𝐮𝐳𝐮𝐦𝐚𝐤𝐢Onde histórias criam vida. Descubra agora