ᴏᴘᴘᴏsɪᴛᴇs | 𝐧𝐚𝐫𝐮𝐭𝐨 𝐮𝐳𝐮𝐦𝐚𝐤𝐢

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Enfim, 18 anos! Hoje é o dia do meu aniversário de 18 anos. Tipo, uma idade que pra muita gente é legal, né? Eu costumava achar que era só mais um dia, mas, foi só quando descobri que sou a filha proibida que tudo mudou.

"Quando ela chegar aos 18, os superpoderes dela vão começar a dar as caras, e ela vai ter que salvar ou destruir o mundo."
"A akatsuki está atrás de você, pelo seu poder. Eu consegui segurar por muito tempo, mas você já vai fazer 18 anos, não consigo mais segurar eles."

Essas frases não sai da minha cabeça. Desde que cheguei em Konoha, minha vida virou uma loucura total. Parece que aqui é tipo um ímã de confusão, sério.

Respiro fundo e me jogo na cama, tentando espantar esses pensamentos. É meu aniversário, tenho que curtir, né? Pelo menos eu acho.

Sinto o calor do corpo do Naruto ao meu lado. As lembranças da noite passada enchem minha cabeça, me fazendo sorrir feito boba.

Ele realmente me ama.

Com um suspiro, me levanto da cama, deixando pra trás o conforto dos lençóis. Sem acordar o Naruto, vou pro banheiro, fazer minhas coisas e trocar de roupa.

Tô afim de dar uma passada no cemitério, mesmo que seja difícil encarar as memórias dolorosas que tão lá. Desde que meus pais morreram, não consigo ir lá, mas, foi lá que tudo começou.

O dia que o Kakashi me chamou, dizendo que a Hokage queria falar comigo, o dia que conheci o Naruto, o dia que minha vida virou uma confusão.

Saio do banheiro e deixo um bilhete pro Naruto, dizendo que saí rápido e já volto. Não tô afim de contar que é meu aniversário ou algo assim, só preciso de um tempo sozinha.

Hoje é meu aniversário de 18 anos, um dia que devia ser de festa e alegria, mas tô na bad. Fico triste só de pensar que nunca mais vou ouvir os parabéns desafinados da minha mãe ou sentir o abraço do meu pai. É difícil.

Desço as escadas e saio, respirando fundo o ar fresco da manhã. O caminho até o cemitério é silencioso, meus passos ecoando nas ruas vazias. Deve ser tipo 5 da manhã, nem acredito que dormi o dia todo ontem.

Quando chego, meu coração aperta ao ver os túmulos dos meus pais.

Me ajoelho diante das lápides, as lágrimas já começando a rolar. Tento falar, mas as palavras não saem direito.

— Mamãe, papai... — minha voz sai num sussurro, embargada pela emoção. — Hoje é meu aniversário, mas queria que vocês estivessem aqui comigo. Sinto tanto a falta de vocês, dói tanto...

Me deixo levar pela dor da saudade, deixando as lágrimas rolarem. É como se um buraco se abrisse dentro de mim, uma sensação de vazio que parece nunca sumir.

— Sinto tanto a falta de vocês... — repito, a voz se quebrando. — Queria tanto que estivessem aqui pra ver eu crescer, pra compartilhar meus sonhos e conquistas. Mas vocês se foram, e agora? Não sei mais o que fazer...

As palavras saem numa enxurrada de emoção, cada uma carregada com o peso da dor e da saudade. Sei que eles não podem me ouvir, mas preciso botar isso pra fora.

Fico ali um tempão, perdida nos meus pensamentos e sentimentos. Mas aos poucos, uma sensação de calma vai tomando conta de mim. Mesmo que meus pais não estejam mais aqui fisicamente, sinto que ainda estão comigo, me cercando com amor e conforto.

Enquanto tô lá, perdida nos meus pensamentos, sinto uma presença familiar ao meu lado. Levanto os olhos, meio atordoada pelo choro, e dou de cara com o Itachi Uchiha, parado ao meu lado.

De onde ele surgiu?

— Itachi? O que tá fazendo aqui? — pergunto confusa.

Caramba, sempre esqueço que agora tenho uma nova família, e ele é meu irmão. Ignorando o fato de que ele exterminou minha família, né?