12/ Todos contra Hades

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22 de Dezembro, 2023

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22 de Dezembro, 2023.

Eu caminhei devagar pelo cemitério, observando as lápides e as flores que enfeitavam os túmulos. Meu coração estava apertado, pois, sabia que não podia me aproximar do caixão. Mantive uma distância segura, mas as lágrimas não puderam ser contidas. Silenciosamente, elas escorriam pelo meu rosto, testemunhas silenciosas da minha dor e saudade. Era difícil segurar as emoções, mas eu preciso manter a fachada, guardar nosso segredo.

Estou escorada em uma árvore a poucos metros de onde está sendo feito o enterro, estou vestida com um vestido preto e um chapéu tampando o meu rosto. A regra discutida ontem foi, nem todos nós ficaríamos ao redor do caixão porque já teria muita gente, amigos do meu pai também vieram.

É difícil segurar a dor dentro de mim. Já é a segunda vez que isso acontece em pouco tempo e eu nem sei com quem eu estou lidando, meu pai me colocou na missão para descobrir alguma coisa sobre o tio de Dylan, mas eu deveria estar ajudando eles contra o Hades!

— Você está melhor? — Uma voz grave masculina surgiu ao meu lado, sem virar o meu rosto eu apenas fiquei observando.

— Um pouco, e você? — Ainda sem virar a minha cabeça eu perguntei.

— Um pouco — Um silêncio tomou conta do lugar enquanto nós observamos os caixões serem enterrados.

Eu observava de longe os caixões sendo abaixados na terra, sentindo um aperto no peito. De repente, senti os braços do meu melhor amigo, com quem eu estava brigada, envolvendo meu corpo em um abraço reconfortante. As lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto enquanto eu desabafava toda a dor que estava guardada dentro de mim.

— Vai ficar tudo bem… — Matt me abraçou fortemente e eu encostei a minha cabeça no seu ombro enquanto algumas lágrimas rolavam pelo meu rosto. Uma tristeza enorme e avassaladora tomou conta do meu coração, um aperto no peito doendo mais que tudo.

— Nós precisamos conversar — Falei ainda nos braços do Matt.

— Depois nós conversamos, vai ficar tudo bem Kate. — Avistei de longe o Jake parado me encarando, ele abriu um pequeno sorriso com um olhar de que ele está orgulhoso.

(...)

Antes de ir embora do cemitério, eu deixei duas flores no túmulo da Jessie e do Lucas. Foi difícil sair daquele lugar sabendo que os dois não iriam comigo.

— Sei que estão todos abalados e que isso aconteceu muito rápido, mas eu quero que vocês saibam que eu estou aqui para conversar com qualquer um de vocês. — Dante se posicionou na porta da sala e atraiu a atenção de todos que estavam calados.

— Mas precisamos conversar sério, sobre tudo que aconteceu na última semana. — Arquei a sobrancelha, o que aconteceu que eu não estou sabendo?

— Na última venda das drogas onde estávamos transportando para a Austrália, os meus homens acabaram sendo pegos e agora estão presos. A sala de laboratório onde são feitos os líquidos acabaram sendo roubadas, sumiram três tubos! Vocês sabem que com apenas três tubos, a nossa vida pode acabar? — Três tubos foram roubados? Como assim?

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