13/ O Grande Dia

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3 de Dezembro, 2023.

O dia finalmente chegou. Estou no banheiro, encarando meu reflexo no espelho. Hoje é a noite do cassino, o evento mais esperado do ano. Mas, ao mesmo tempo, não consigo evitar pensar nos meus amigos que se foram apenas dois dias atrás. A dor ainda está fresca em meu coração.

Respiro fundo e me lembro das palavras que eles sempre me diziam: "Você é forte, Kate. Você é capaz de tudo." É como se suas vozes ecoassem em minha mente, me encorajando a seguir em frente, mesmo na ausência deles.

Eu me olho nos olhos, determinada. Prometo a mim mesma que vou vencer essa competição por eles. Vou honrar sua memória e mostrar a todos quem nós somos. Cada vez que eu apostar uma ficha, cada vez que eu der um passo adiante, será em homenagem a eles. Enquanto me preparo para sair do banheiro, sinto uma mistura de emoções. A tristeza ainda está presente, mas também há uma chama de esperança dentro de mim. Vou enfrentar essa noite com coragem e determinação, sabendo que meus amigos estão comigo.

— O que você acha de nós sairmos hoje a noite, Kate? — A voz de Dylan ecoou pela sala e eu encarei o meu próprio reflexo por alguns segundos e saí do banheiro.

— Não estou muito bem hoje, acho que vou ficar o dia todo em casa… Minha cabeça está doendo muito. — Menti indo até o meu pequeno armário e pegando um remédio, na verdade, não é remédio. É uma pequena cápsula feita com gelatina para parecer remédio.

— Tudo bem, marcamos outro dia. — Dylan se levantou e veio até mim.

— Eu tenho que ir, melhoras para você Kate. — Ele se despediu com um beijo na bochecha e um abraço de alguns segundos.

— Obrigada Dylan. — Agradeci e levei ele até a porta.

Duas horas se passaram e agora são exatamente 20:00 em ponto, o cassino abre às 23:00 e daqui à cidade de onde ele dá a partida leva cerca de uma hora e meia. Estou sentada no banco de trás esperando o Jake, Peter e Eleonor chegarem.

Marcamos de nós nos encontramos em lugares diferentes, e depois nós nos encontraremos no aeroporto.

— Está tudo bem? — Perguntei encarando o motorista, ele me encarava e depois desviava os olhos.

— Está tudo bem sim! — Ele virou o rosto para o meu lado e colocou uma máscara respiratória anti, gases e fumaças, senti o meu corpo ficando mais fraco e os meus olhos se fecharem.

— O que você está fazendo? — Tentando manter os meus olhos abertos eu perguntei.

Mas não consegui entender o que ele disse e acabei caindo no sono. Abro lentamente os olhos, lutando contra a sonolência que ainda me envolve. Aos poucos, minha visão se ajusta e percebo que estou deitada em um lugar estranho e desconhecido.

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