16

373 94 28
                                    



CAPÍTULO DEZESSEIS

Yibo

Yibo girava de medo e pânico, seu corpo tenso, as palmas das mãos ficando úmidas. As memórias voltaram, vívidas e aterrorizantes, e Yibo lutou para manter a compostura.

Não congele! Disse ele a si mesmo, enquanto seus membros se transformavam em chumbo. Você sabe o que acontece com as vítimas que congelam! Você escreveu artigos sobre a resposta de luta e fuga – saia dessa!

Descobriu-se que saber como algo funcionava de fora para dentro era muito diferente de experimentá-lo de dentro para fora.
Merda. Respire fundo, Yibo.

Ele não podia se dar ao luxo de sucumbir ao pânico. Ele precisava manter a compostura, pensar com clareza e encontrar uma saída para aquela situação terrível.
Ele tinha que avisar Xiao Zhan que o assassino estava bem na sua frente, mas não podia deixar o Detetive Sinclair saber que o reconheceu.

Cada segundo parecia uma eternidade e a tensão era sufocante. O coração de Yibo batia forte em seus ouvidos e ele se forçou a manter uma fachada de calma, embora o medo ameaçasse dominá-lo completamente. Seus pensamentos eram uma confusão de medo, suspeita e desespero enquanto ele tentava bolar um plano para permanecer vivo, mantendo o tempo todo os olhos fixos no assassino à sua frente.

‒ Esse sou eu. ‒ Yibo respondeu com confiança forçada, engolindo em seco.
‒  Agora, se você me dá licença, só preciso de um segundo para falar com Xiao Zhan...
Yibo começou a se virar, mas congelou. Seu coração afundou quando ele olhou nos olhos de Sinclair.
Houve um brilho de satisfação nos olhos do assassino.
‒ Na verdade. ‒ Sinclair disse, um sorriso cruel se espalhando por seu rosto.
‒ Eu acho que você deveria ficar aqui. Veja, esta é uma operação de alto risco e não podemos arriscar que alguém fique em nosso caminho.

Ele se virou para o banco de trás e se moveu com precisão calculada, enfiando a mão no bolso e pegando um par de algemas. O coração de Yibo deu um pulo quando ele percebeu o que estava prestes a acontecer.
‒ Jonh, o que você está fazendo? ‒ Olivia perguntou, franzindo a testa em confusão.
Ela claramente não esperava essa reviravolta.

Os movimentos de Sinclair foram rápidos e eficientes quando ele agarrou o pulso de Yibo, aplicando as algemas com força com um clique que ecoou alto nos ouvidos de Yibo. O metal frio penetrou em sua pele e Yibo não pôde deixar de sentir uma onda de medo e desamparo. Ele tentou resistir, mas a força de Sinclair era avassaladora.

‒ Procedimento padrão, Harris. ‒ Sinclair respondeu secamente, fechando as algemas firmemente em volta dos pulsos de Yibo.
‒ Não podemos ser descuidados.

A mente de Yibo disparou enquanto ele olhava para a Detetive Harris, sua expressão de óbvia confusão e incerteza. Ele tinha que avisá-la sobre Sinclair, dizer-lhe que ele era o assassino que eles procuravam...
Mas quando ele abriu a boca para falar, rapidamente a fechou novamente.
Ela pode estar envolvida nisso.
Mas a expressão de confusão nos olhos dela parecia genuína.

Isso foi quase pior. Se ela não estivesse envolvida na conspiração, não acreditaria.
Yibo poderia dizer a ela que seu parceiro era um assassino, mas que tipo de pessoa acreditaria em uma acusação tão selvagem sem qualquer evidência concreta?

E agora, sua ignorância significava que ela estava segura. Se Yibo revelasse o segredo de Sinclair... não havia como saber o que Sinclair poderia fazer para encobri-lo.

Tão silenciosamente quanto pôde, Yibo tentou abrir a porta ao lado dele.
Bloqueada. Claro.

Sinclair girou a chave na ignição. Pela janela, Yibo pôde ver Xiao Zhan. Ele gritava ordens ao telefone, sem dúvida já mobilizando o exército de advogados que o mantinha intocável.
Seus olhos se encontraram. Yibo ergueu as mãos, mostrando as algemas a Xiao Zhan.
A fúria possessiva que vinha crescendo em Xiao Zhan se dissipou. Ele invadiu o carro, colocando-se na frente dele, impedindo sua fuga. Sinclair freou, uma nuvem passando por suas feições.

Meu Príncipe da Máfia Onde histórias criam vida. Descubra agora