Love To Hate You [Yeonbin +18]

𝟏𝟖: Fim

"Lembre-se que tudo ficará bem, podemos nos encontrar de novo em algum lugar, em algum lugar longe daqui"

O silêncio da morte, era interrompido pelas sirenes da polícia, enquanto Lee Félix nem ao menos tentava fugir, era completamente obcecado pelo Yeonjun, e seu objetivo estava feito, só esperava que agora o mais velho encontrasse a felicidade.

O corpo do Soobin estava cercado de médicos, mas não tinha o que fazer, ele estava morto. A notícia repercutia rápido, um dos maiores solistas do país, que tinha acabado de voltar a carreira, sendo brutalmente assassinado, era uma enorme tragédia.

O yeonjun chegou rapidamente ao local, chorando desesperadamente, mas não havia nada que ele pudesse fazer, era o fim, ele nunca mais veria o Soobin em vida. A todo tempo, ele se lembrava das palavras que tinha trocado com o Soobin na noite anterior, quando estavam trocando beijos, depois da noite quente.

— Acho que já amadurecemos o suficiente, amor, a gente pode tentar de novo — selinho — Acho que é nossa chance.

— Você tem razão, Bin — sorriu — Eu só quero ficar com você, e deixar tudo pra trás.

— Eu vou terminar com o Beomgyu, e a partir de agora... — deu um beijo no pescoço dele — Você é meu, e eu sou seu.

Eles podiam ter sido felizes a partir dali, talvez aquele fosse o destino, mas foi interrompido, por alguém que achava que precisava salvar o Yeonjun dos próprios sentimentos. Na cabeça de Félix, ele tinha as melhores intenções, na cabeça de Yeonjun, Félix era um monstro.

Tudo era uma grande incógnita, as pessoas não sabiam que Yeonjun e Soobin namoravam de fachada no início, nem que eles tiveram tantos problemas, não imaginavam a motivação de Félix, ninguém sabia de nada.

Mas Yeonjun sabia, e sabia demais.

°°°°

O dia estava nublado, tudo era frio, Yeonjun chorava no túmulo de Choi Soobin, que teve sua vida tirada quando menos esperava, quando estava pronto pra ser feliz e ser sua melhor versão, deixando seus erros pra trás.

Mas era como se o próprio universo fosse contra a felicidade dele, como se seus erros fizessem com que até os céus o odiasse, a ponto de nunca o deixar ter paz, talvez nem em outro plano, mas isso, ninguém vai saber.

— Eu queria que a gente tivesse tido mais tempo, Bin, queria que a gente tivesse brigado menos, e se amado mais... — chorava — Quando eu te conheci, eu te odiava tanto, e agora, eu não sei mais como seguir sem você, mas eu prometo que vou tentar, porque eu sei que é isso que você deseja, minha paz e felicidade — olhou pro nome escrito na lápide — Mas eu acho que não vou conseguir, amor, acho que eu vou te encontrar em breve.

Yeonjun tinha se perdido completamente após a morte de Soobin, não comia, não saia, só dormia, a pressão da mídia com perguntas piorava tudo, e muitos fãs estavam preocupados com a sua situação, mas ele já não podia mais ser salvo.

Com dor no coração, ele deixou um buquê de flores sobre o túmulo, se despedindo mais uma vez do seu grande amor, e desejando que tudo aquilo fosse mentira, como sua felicidade, mas aquela era a dolorosa realidade, a perda, o luto, a injustiça, ele não sabia lidar com aquilo.

Ele saiu do cemitério, desistindo do amor, e da sua vida, aceitou que viveria sozinho até seu último dia, e sentia que esse dia não estava distante, uma vez que ele não aguentaria mais. No meio do caminho, Yeonjun esbarrou em um garoto, e quando olhou nos olhos dele, foi como se uma esperança tivesse se acendido em seu coração, que acelerou, e uma sensação boa tomou conta do seu peito.

— Ah, me desculpa... — o garoto o olhou.

— Eu... — suspirou — Qual é seu nome?

— Meu nome é Hueningkai — sorriu — E você?

As vezes, o preto e branco vem para que a beleza das cores venham com mais intensidade, e então, Yeonjun encontrou o amor em meio a desesperança, finalmente, após chorar por tanto tempo, os fios vermelhos se alinharam.

Todo fim é um começo, se ver preso é a escuridão mata a esperança e nos tira a as cores, mas mesmo quando tudo parece nublado, nunca é o fim do mundo, e quando vocês menos esperar, vai encontrar uma flor em meio ao cinza da desesperança, e assim, verá que tudo tem um propósito.

"Mesmo que doa um pouco, queimo e caio como uma estrela-cadente, meu destino, venha e me beije, mesmo que eu esteja destruído, eu continuo perseguindo aquele sentimento, é tudo que eu sei"

F I M.