A Trilha Da Neve

Capítulo 2 - O ataque

É NECESSÁRIO QUE O REI SEJA CORAJOSO POIS É NELE QUE O REINO CONFIA, E O PRÍNCIPE DEVE APRENDER DESDE PEQUENO A SER UM REI COROJOSO E HONRADO.

Eu coloquei minhas luvas, que não cobrem meus dedos, de coro vermelho.

E minha roupa tem tons azuis escuro.

Sempre visto roupas que me dão a liberdade de lutar, diferente das outros princesas que usam vestidos. Mas talvez por eu não ser filha do rei de verdade, eu não me sinta uma princesa.

Eu só me comportei como princesa até os quinze anos, depois eu fui treinar como soldado no forte do norte e passei três anos lutando até voltar para o castelo.

Assim que fiz uma pequena mochila de emergência, eu fui para o quarto do meu irmãozinho. Eu bati e ouvi sua voz dizendo para eu entrar.

- A mamãe te contou? - observei ele colocar mais algumas coisas em uma mochila do seu tamanho.

- Sim - ele suspirou - eu sei que guerras acontecem mas... precisava ser agora? Eu não sou um rei ainda, bem eu ainda não sou um príncipe corajoso! - ele fechou a mochila e se jogou na cama, eu coloquei a minha no chão e pulei em cima da cama ao seu lado.

- Você é uma criança Walter, tudo bem sentir medo. - eu me virei para olhar-lo, ele encara o teto fazendo biquinho.

- Eu queria que o papai estivesse aqui, ele não deixaria isso acontecer - ele colocou as mãos nos olhos.

- Oh Walter, eu também queria, mas a vida é assim, não contralamos ela. Mas eu e a Mamãe estamos aqui e vamos te proteger! - eu tirei as suas mãos de seus olhos e limpei as lágrimas. - Vamos?

- ahum - ele fungou e pegou sua mochila, levantando da cama.

- Vamos confiar na Doll e em seu exército. - eu me levantei e coloquei minha mochila.

- eu confio nela, ela é durona - ouvi sua risada e fiquei mais tranquila.

A dor de uma irmã mais velha que precisa ser sempre forte para dar apoio ao seu irmão pequeno.

Mas eu também queria o papai aqui, ele saberia o que fazer. Ele era forte e tomava sempre as decisões certas. Foi por isso que o reino prosperou durante os quarenta anos de governo dele.

Mas se Olga governar... talvez todo o esforço dele tenha sido em vão...

- Vamos? - ele perguntou, me tirando dos meus pensamentos.

- Claro - ele me deu sua mão e saímos do quarto, indo para o salão do trono.

Toy e Otis se curvaram quando chegamos. "Vossas altezas".

A rainha estava com um lindo vestido.

- Estão prontos? - ela perguntou e Walter correu para lhe abraçar. - Doll, prepare o exército.

- Entendido - ela bateu os pés - Deus salve a rainha! - ela levantou a espada e saiu da sala.

- Toy - ela o chamou, ele carrega uma espada em sua mão.

- Aqui está como a senhora pediu, uma espada encantada para a senhorita Blake - ele me entregou a espada que está fechada.

- Obrigada - Sorri, amarrando ela na minha cintura.

- Só por precaução - ele me entregou uma adaga.

- eu também quero uma - Walter levantou a mão.

- Oh - Toy entregou uma adaga bem menos que a minha.

- Não dá pra matar alguém com isso - ele parecia chateado.

- Você quer matar alguém? - arquiei uma sombracelha.

- Vão rezar para que isso não seja necessário - ela apertou os ombros de Walter.

- Otis e eu vamos acompanhar vocês até lá embaixo, aliás onde está ele? - Toy olhou para o salão.

- Estou aqui - Otis entrou pelas portas e correu até a gente. - medicamentos caso sejam necessários.

- Obrigada - ele me entregou a sacola.

Devemos esperar o pior.

- Vamos logo então, dá última vez o exército estava a um dia daqui. - a rainha falou.

Então fomos pela passagem secreta no corredor das armaduras, e descemos várias escadas até chegar em um lugar escuro, andamos um pouco e encontramos uma sala com camas, luzes estantes.

- Não é usado a bastante tempo - a rainha riu.

- mas nós limpamos recentemente - disse Otis, nós rimos ainda mais.

- Claro Otis - Walter falou e se sentou em uma das camas. - Vamos ter que esperar quanto tempo aqui embaixo? - ele já parece entendiado.

- Eu e Otis vamos ficar lá em cima, traremos notícias príncipe Walter - Toy o respondeu.

- Obrigada - a rainha agradeceu, se sentado ao lado do seu caçula.

- Então nós iremos agora - eles se curvaram e saíram da sala.

Eu me sentei na outra cama, cruzando as pernas e olhando para o teto, que possui uma pequena lâmpada.

- Ainda bem que eu trouxe um livro - eu falei e peguei ele da minha mochila. - agora sim, posso passar horas aqui.

- Aaaah - Walter revirou os olhos e se deitou na cama, mamãe riu dele.

E ficamos horas aqui.