A Trilha Da Neve

Capítulo 5 - Ops

UM PRÍNCIPE É O FUTURO DO REINO, ELE SERÁ REI E SEU DEVER É COM O SEU POVO, MAS TAMBÉM COM O REI ANTERIOR POIS O LEGADO DELE ESTARÁ AGORA EM SUAS MÃOS.

Começamos a andar para o norte, no caminho que estávamos indo. O caçador vai protegendo na frente e eu vou atrás deles, protegendo suas costas. Ele também tem um cavalo, um cavalo com um olho só, me pergunto quem fez com o olho do cavalo dele, mas eu não vou perguntar óbvio.

Ele faz a trilha em silêncio, e conhece bem a floresta, conhece mais do que nós. Ele não tentou atacar Walter de novo, e se atacar eu me sentiria culpada pois eu deu a confiança a ele.

Nós paramos quando estava para anoitecer, ele saiu para caçar e voltou com vários esquilos pendurados nos ombros.

- Vocês não podem viver só de frutas e tortas ‐ ele falou enquanto fritava os animais fofos na fogueira que fizemos.

- Não estou afim de comer um animal tão fofo - Walter disse.

- Você come boi, veado, carneiro e galinha, são animais fofos também e você come - eu rebati, para ele parar de ser fresco.

- Ah, nem me lembre, eu tento não pensar nisso, mas eles são tão deliciosos - O garoto sorriu, apesar de falar palavras tristes.

- Os esquilos não são tão ruins - o caçador disse, entrando na conversa. E isso meio que soou fofo.

Quando os esquilos ficaram prontos, ele deu um pedaço pra cada um de nós, e realmente não eram tão ruins.

- Me desculpe esquilos - ele fez cara de choro mas comeu. Walter adora animais, mas não nega que adora comer eles no almoço e na janta, engraçado.

E mais uma noite se passou. Nesse momento, Olga já deve estar no trono, e espero que nosso povo não esteja sofrendo.

Muitos soldados devem ter morrido nessa batalha... espero que Walter não pense nisso, como príncipe e futuro rei ele pode se sentir culpado mas de forma alguma a culpa é dele.

Ele é só um garoto e tem tanta responsabilidade, as vezes eu queria trocar de lugar com ele, não para ser rainha mas para que ele não precisasse sofrer com as escolhas que terá que fazer, vidas estarão em suas mãos, as vidas do seu povo, dos seus soldados, e até de sua família.

No outro dia continuamos a calvagar, na verdade eu fui andando, caminhando ao lado do caçador, esperando conversar com ele e descobrir mais coisas a seu respeito.

- Vem aqui - ele me chamou, e se agachou no chão - são patas de cavalos - eu me agachei ao seu lado - passaram recentemente por aqui, e essa trilha não é usada a muitos anos.

- Você quer dizer que estamos em perigo - perguntei o olhando, ele tocou nas pegadas.

- Não, não são tão recentes. Mas pode ser que encontremos pessoas em acampamento a diante. - ele se levantou e eu também.

- Temos que ir devagar e em silêncio, eu vou me afastar um pouco de vocês. Para ver se encontro pessoas - Ele apontou para frente.

- Hm... - isso é bem suspeito, ele pode estar nos levando para uma emboscada, ainda não consigo confiar nele.

- Certo - foi minha mãe que deu confiança a ele. - pode ir - ele acenou e começou a andar na frente.

- mãe - eu me aproximei de seu cavalo, onde ela está com o Walter - confia mesmo nele?

- Se ele quisesse matar o Walter, ele já teria feito isso. Porque ele esperaria tanto? - ela abraçou seu filho.

- Isso é arriscado - eu falei.

- Sim é, mas ele pode está apenas nos ajudando e isso está sendo realmente útil. - ela respondeu, e eu concordei.

- Ele não me parece tão mal - Walter se manifestou.

- Quase ninguém é mal aos seus olhos irmão - eu sorri para o mais novo, ele tem um coração muto meigo apesar de ser uma pesta as vezes.

Contamos a caminhada. Até que Sr. Toy parou de calvagar.

- o que foi? - perguntei com medo, ele parecia sentir algo.

- tem algo errado - ele falou baixo - Caçador! - ele gritou.

- O que foi? - o caçador andou até nós.

- Tem algo errado! - Sr. Toy repetiu.

- O que tem de errado? - perguntei.

E comecei a escutar um barulho, como um zumbido atrás de uma árvore e andei até ela.

- BLAKE, SE AFASTA! - Sr. Toy gritou.

Mas foi tarde de mais, quando percebi uma forte explosão me jogou contra o outro lado da montanha que andávamos. E comecei a rolar montanha a baixo.