Onde Giovanna e Alexandre cultivaram seu romance na juventude, porém, perceberam que almejavam trilhar caminhos distintos na vida, decidindo, assim, seguir separados, embora nutrissem profundos sentimentos um pelo outro. Anos mais tarde, reencontram...
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Às vezes num momento surto de esperança a gente acredita que nossas escolhas, sejam elas ruins ou não, fizeram algum sentido, mas fazer sentido não apaga o passado.
Giovanna acordou cedo naquele dia e seguiu para a construção sem demora.
O Alexandre não estava lá, mas ela preferia que fosse assim. Ver ele todo dia lhe trazia de volta memórias que ela custou a esquecer, ou esconder em alguma parte do seu cérebro.
Mais tarde, a mulher resolveu sair para almoçar sozinha, já que Monique estava com o marido.
Chegando no mesmo restaurante que tinham ido com Monique uns dias antes, ela sentou e ficou à espera do garçom.
Nesse curto tempo de espera, depois de fazer o seu pedido, ela avista Alexandre entrando no local, sozinho.
Colocou o cardápio na frente de seu rosto afim de não ter que falar com o homem, o que obviamente falhou, pois ele já caminhava em sua direção.
- Giovanna - falou ele ao se aproximar da mesa.
- Oi Nero. - respondeu sem graça.
- Saiu mais cedo hoje. - ele fala.
- É, não tinha muito o que eu fazer lá hoje, já que está tudo pronto. - dá um sorriso. - Agora só venho aqui de novo quando for pra decoração.
- Ué, não vai vir na obra mais? - questiona o homem.
- Não.
Ficou um silêncio ensurdecedor entre eles.
- Vai almoçar? - ele pergunta.
- Não. - ela fala de supetão. - Na verdade eu ia, mas pelo horário, acho que já está na hora de eu ir, né!? - pega a bolsa que estava na cadeira ao lado.
- Por que tu tá fugindo de mim, Giovanna? - pergunta o homem que deixando a mulher estática, em pé, na frente dele.
- Eu.. fugindo de você? - rir sem graça. - Claro que não, eu só... Tenho que ir mexmo. - seu sotaque fica cada vez mais forte.
- Então por que sempre que eu me chego, tu sai?
Ela rir.
- Não me leve a mal, mas não tem nada a ver com você. - ela fala. - Só preciso ir mesmo.
- Então janta comigo?
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- E ai tu fugiu? - pergunta Alessandra a amiga.
- Claro, o que tu queria que eu fizesse? Aceitasse?
- Sim.
- Claro que não, Alessandra, to fugindo desse homem igual o diabo foge da cruz, e ai vou aceitar jantar com ele, claro que não.
