Nocaute

126 14 4
                                    

Giovanna

Eu fui a casa dele, não tenho um pingo de vergonha na cara mesmo.

- Oi. - falei assim que ele abriu a porta.

- Entra. - falou.

- Tem alguma bebida aí? - perguntei sentando no sofá da casa dele cruzando as pernas, como se a casa fosse minha.

Sem dizer absolutamente nada ele entrou na cozinha e voltou me entregando uma garrafinha de Heineken.

- Tu num disse que não vinha?. - sentou ao meu lado no sofá.

- Tô aqui não tô? O que você quer?

- Você.

- Não parece, me ignorou por dias. - falei me levantando indo até a varanda da casa.

- Eu já falei, precisava pensar. - falou vindo atrás de mim.

- Pensar no que Alexandre?

- Parece que você esquece que é comprometida. - falou acendendo um cigarro.

- Não sou mais. - falei tomando o cigarro da mão dele.

- Oxi, tu terminou? - perguntou.

- Sim. - ele abriu um sorriso do tamanho do mundo.

- Até que enfim né, largou esse pau de bosta. - falou se aproximando de mim.

- Tu nem conhece ele Alexandre.

- Mas já sei que é um pau mole, por que se não ele estaria aqui com você, passou meses e o cara nem deu as caras por aqui Giovanna. - sorrir entregando o cigarro pra ele.

- Cadê a Bruna? - perguntei.

- Na casa da amiga dela, desde ontem, vou buscar nestante. - falou.

O silêncio entre nós dois reinou por um tempo, não tínhamos muito o que falar.

- Tá com fome? - perguntou.

- Um pouco. - cheguei bem perto dele.

- Vamos pedir comida então. - falou pegando em minha cintura com uma das mãos.

- Pizza, por favor. - falei no ouvido dele.

Quando ele tentou me beija me afastei indo até a sala, me sentei no sofá e ele fez o mesmo.

- Por que terminou, foi por causa de ontem - perguntou.

- Também, na verdade, eu já queria fazer isso a bom tempo, mas não conseguia sabe? Transar com você foi o empurrão que eu precisava. - responde sincera.

- Você gosta dele? - perguntei se ajeitando no sofá.

- Um pouco, não o amava.

- E estavam juntos a quanto tempo?

- Tá curioso em... Uns sete, oito meses, por aí.

- Hum.

- O que foi? - perguntei.

- Depois de você, eu não namorei ninguém.

- Sério? Em quinze anos você não namorou ninguém? Foi difícil me superar assim? - brinquei.

- A gente boa supera o amor da nossa vida Giovanna. - falou e me deixou desconcertada.

- Óbvio que eu fiquei com muitas mulheres, mais nunca quis namorar nenhuma. - falou.

- Você é um cachorro. - rir.

-

Antes que pudéssemos finalizar o pedido, Alexandre recebe uma ligação.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Oct 28 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Palavras No Corpo Onde histórias criam vida. Descubra agora