Seu Emanuel

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Tampando o rosto com o travesseiro, Luísa murmurou.

— Esquecer está janela aberta está se tornando uma rotina agora — bufou — Que saco, Luísa D'Ávila! — murmurou novamente

Se sentou na cama, após perceber que não ia conseguir dormir novamente. Se espreguiçou, mas logo levou a mão até o peito. Sentiu um aperto. Porém não deu muita importância. Olhou para o relógio ao lado da cama… 5:57.

Espreguiçando-se novamente, colocou a pantufa e foi para o banho.

Como ela tinha tempo, tomou um banho relaxante na banheira. Após colocar o roupão e enrolar o cabelo na toalha, escovou os dentes.

Colocou uma calça preta e uma blusa azul escura soltinha, fresca. Secou os cabelos e o amarrou em um rabo de cavalo, baixo. Uma maquiagem simples e logo desceu para comer alguma coisa.

Comeu um pedaço de bolo e tomou apenas um copo de suco.

Depois de alguns minutos, ela pegou sua bolsa e saiu. Foi até o mercado comprar algumas coisas para a galeria.

…Assim que chegou lá, guardou as coisas no quartinho da limpeza.

…Alguns minutos depois…

Está ótimo ” pensou, observando o espaço com muitos novos quadros. Se aproximou de um deles para deixar centralizado.

Otto sorriu lhe observando.

Sentindo um perfume bom, ela logo nota a presença do homem. — Está aí a muito tempo? — ela questionou, colocando uma mecha solta do cabelo atrás da orelha.

— Apenas a… deixar eu ver. Hmm… Acredito que tempo suficiente para perceber seu… toque.

— Sou assim desde sempre…

— Lu…! — a chamou

— Oi? — olhou para Natália, atrás de Otto.

— É…

O homem se colocou ao lado da morena. Quando Natália à comunicou sobre o falecimento de Seu Emanuel, ela ficou pálida. Otto segurou o braço dela por medo que ela caísse com o choque da notícia. E Natália a abraçou, chorando.

Mas como?… Em nenhum momento Luísa pensou sobre o que aconteceu ontem. Pensou que era apenas mais um de seus maus estares.

Ele havia ajudado tanto… Ele a salvou…

— Natália trás um copo de água com açúcar, por favor. — pediu Otto, notando como Luísa estava, assim que elas se afastaram.

— Ok… Já volto. — ela disse com a voz trêmula

— Vem, Luísa. — segurou sua mão, com a mão esquerda, e a outra levou para a cintura da mulher. A ajudou caminhar até uma cadeira que tinha ali no canto.

— Calma. Respira fundo. — se abaixou para ficar na altura dela.

Como a perna da mulher estava balançando, tremendo, ele colocou a mão em seu joelho, fazendo carinho com o polegar.

— A Natália já está trazendo água. Respira.

Ela assentiu e colocou a mão sobre a dele.

— Eu… eu nem percebi o quanto ele já estava abatido ontem… — ela sussurrou, fungando.

— É normal… não se culpe. — limpou os vestígios das lágrimas dela. — Não tem como saber, sobre esse tipo de coisa.

— Aqui o copo de água. — Natália falou se aproximando — Demorei porque tive que fazer um pra mim também.

Corações em conflitos | Luotto Onde histórias criam vida. Descubra agora