CAPÍTULO 4

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Alguma coisa estava queimando

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Alguma coisa estava queimando. Seria sua sanidade? Por que mais imaginaria que ele dissera... Vamos nos casar?

Mas não o estava, imaginando explodindo de sua atitude relaxada ao lado da cadeira alta de Mennah e correndo... Correndo para ela... Piscou enquanto ele avançava, sem conseguir pensar, respirar. No segundo seguinte, passava por ela.

Virou-se, sem compreender, observando-o enquanto ele tirava a panela do fogão, despejava o conteúdo na travessa que ela deixara à mão antes de apagar o fogo. Então a olhou, uma sobrancelha erguida.

— Você parece disposta a não me alimentar com este filé mignon.

Kara olhou para ele. Teria mesmo dito vamos nos casar? Por quê? Ele não a queria, jamais a quisera para mais do que uma diversão temporária. Ele... estava fazendo isso por Mennah.

A compreensão se materializou, partindo-lhe o coração. Amara-o à primeira vista, mas jamais tivera a fantasia de ser dele além de um breve espaço de tempo. E o fato de oferecer o compromisso maior, não importava a causa e não importava que não estivesse realmente oferecendo, mas ordenando, era... era.

Sua mente parou de funcionar. Indiferente ao efeito da bomba que acabara de atirar, Farooq se debruçou sobre a travessa.

— Seus esforços para estragar o filé foram inúteis, ainda está bom para comer. Tudo o que é necessário agora é uma anfitriã para servi-lo. — Ela olhou para ele. — Bem?

Foi o modo como ele falou. A condescendência foi excessiva e ela se mexeu.

— Você não disse que não precisa de pessoas para servi-lo? Por que não se serve sozinho? Ou tem apenas habilidades de macho? Servir o alimento é uma tarefa baixa, adequada apenas para mulheres?

Ele a olhou como se, de repente, tivesse surgido outra cabeça nela. Devia estar chocado por ela falar assim com ele. Mennah gritou, exigindo atenção e, novamente, aquela transformação extraordinária surgiu no rosto dele. Voltou-se para Mennah com um sorriso que fez disparar o coração de Kara novamente.

— Ouviu isto, ya sagheerati? Sua mãe acha que pode fazer o que quiser sempre que você estiver por perto, — voltou os olhos para a mulher. — Esquece que haverá momentos em que você não estará.

O perigo da sensualidade nas palavras dele atingiu Kara no coração e na virilha e se tornou imprudente.

— Você não sabe nada sobre mim se pensa que usaria Mennah como um escudo... ou qualquer outra coisa. Eu não preciso de escudos contra você.

— Não? Tem certeza?

Oh Deus, o que estava fazendo? Sabia que não era páreo para ele, ninguém era páreo para ele em lugar nenhum, era poderoso demais como diplomata, magnata e membro da realeza. Mas não conseguia parar, era uma reação às emoções que sentira.

DESERT - Romance TurcoOnde histórias criam vida. Descubra agora