OBSCURO - 11

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EDIMBURGO,ESCÓCIA

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EDIMBURGO,ESCÓCIA. Domingo,15/02/2017

As palavras que Tom me disse ontem, ficaram em minha mente durante o dia inteiro. Mesmo eu estando ocupada com Stela,ele não saía de mim.

Aquele sonho,que não foi exatamente um sonho,como ele mesmo falou,não saia da minha cabeça.

Stela: vermelho ou preto? — ela diz me mostrando umas peças de roupas, que ela olhava em algum site no celular.

Vermelho?

Ou preto?

Os olhos de Tom ficam vermelhos quando ele está excitado.

E ficam pretos quando ele se irrita.

Penélope: vermelho — eu dou minha opinião com base nos sentimentos do meu ser obscuro. Estou tão obcecada assim?

Stela: Barry vai gostar — ela sorri,e põe a roupa em seu carrinho de compras.

Penélope: Barry? Está comprando para você,ou para o Barry?

Stela: você não entenderia. Quando queremos nos sentir sexy para um homem,ficamos imaginando o que ele vai achar de nossas roupas — Stela obviamente não tem um relacionamento feliz,mas quer se sentir amada,e quer que seu namorado à enxergue.

Penélope: eu sei bem — falo pensando em Tom.

Stela: sabe,é? — então me dou conta do que deixei escapar.

Penélope: estou dizendo que te entendo,não que eu sinta o mesmo — minto. Ontem mesmo eu me obriguei a usar uma roupa que me deixa desconfortável,só para agradar aquela Morte teimosa.

Stela sorri,mas logo volta sua atenção para seu celular

Confesso que ontem fiquei com medo de que ela tivesse o visto na varanda,mas acredito que não. Ela nem se quer lembra que se levantou de madrugada,sei disso porque ela mesma disse que dormiu como um anjo,e que não acordou nem para ir ao banheiro,que é algo do costume dela.

O sonambulismo às vezes me assusta.

As horas foram se passando e logo Stela teve que ir. ela está comigo desde ontem de manhã,e seu namoradinho já estava irritado, perguntando se eles iriam se encontrar hoje.

Logo que ela se foi,eu desço para cozinha,minha mãe estava lá,com uma garrafa de vinho,e uma taça, quase beirando o fim. Mas eu não fiz questão de conversar,apenas vou fazendo algo para comer. Havia passado do horário do jantar,o meu pai sempre me chama para jantar antes das oito,mas agora já são nove da noite.

Valéria: vai continuar me ignorando? — eu então a olho — eu não matei ninguém,Penélope. Não precisa me culpar por tudo o que acontece.

𝐎𝐁𝐒𝐂𝐔𝐑𝐎 - 𝐓𝐎𝐌 𝐊𝐀𝐔𝐋𝐈𝐓𝐙 Onde histórias criam vida. Descubra agora