𝐎𝐁𝐒𝐂𝐔𝐑𝐎 - 𝐓𝐎𝐌 𝐊𝐀𝐔𝐋𝐈𝐓𝐙

OBSCURO - 12

EDIMBURGO,ESCÓCIA. Sexta-feira,20/02/2017.

- cinco dias depois.

Em todos esses dias,Stela foi minha principal compainha pelo dia. Mas quando a noite chegava,eu me via nos braços de Tom. Ele está sendo meu porto seguro,em seus braços eu encontrei o calor para preencher o frio do meu quarto.

Ele estava comigo ontem à noite,Mas agora pela manhã,já não o vejo mais.

Estava totalmente despida quando acordei,então vou logo para o banheiro para tomar banho e ir para escola. Meu banho foi rápido,estava atrasada.

Confesso que hoje estou um pouco animada,meu pai volta hoje de sua viagem,então quero que às aulas passem logo para o receber quando ele chegar. Ele me ligou ontem à noite,e disse que,por volta das cinco da tarde estará chegando em casa.

Stela: você viu a vadia da Calina? — eu assenti. Estamos no refeitório,olhando o movimento e vendo a desgraçada da Calina dando em cima de Barry,namorado da Stela.

Penélope: eu não aguentaria ver meu namorado dando mole para uma vagabunda — eu falo ainda observando a cena.

Stela: você fala isso como se tivesse um namorado — ela olhava com toda sua raiva para Calina.

Penélope: mas se eu tivesse,não suportaria — se Tom tivesse outra,eu não suportaria.

Isso é tão confuso. Quando estou com ele,eu me sinto bem e protegida,mas quando não,me sinto culpada por esse sentimento que está se criando. Às vezes parece uma grande mentira.

Eu sou louca?

Mas eu sinto ele,eu o toco,eu o beijo.

Isso não é apenas uma alucinação. Eu o tenho.

...

Estava com meus pensamentos longe quando me assusto com o sinal tocando. Vejo todos da sala levantando para irmos embora,e vou logo atrás de Stela. Ela foi uma das primeiras a sair,estava chateada com Barry por conta de Calina.

Stela: isso está me matando,Nelle — ela fala envolvendo seu braço no meu.

Penélope: o que? — falo ainda um pouco desligada.

Confesso que ao mesmo tempo que aquele ser me deixa em paz,ele também me traz a confusão.

Stela: você anda no mundo da lua esses dias,Penélope — nós caminhávamos em direção a saída.

Ela estava certa,afinal,eu estou transando com a morte.

Penélope: desculpa. Mas então,quando vai falar com o Barry?

Stela: não sei,só acelera os passos — Barry estava vindo atrás de nós.

Minha mãe não vem me buscar,e Stela brigou com sua carona,então vamos juntas a pé.

O dia que estava com o céu aberto,logo foi se fechando. Aquela sensação de estar sendo observada me invadiu.

Stela: que merda,a minha mãe bem que me avisou para trazer guarda-chuva — ela fala ainda caminhando com seu braço envolvido no meu,e olhando para o céu,que estava mudando todo o clima.

Eu realmente não estava entendendo aquilo. De repente uns dez pássaros passam por nós duas,eles estavam agitados. Um frio na barriga me invadiu. E toda minha pele se arrepiou.

Penélope: vamos logo,Stela — eu puxo ela para andarmos mais rápido.

Tom deve estar me observando,mas não entendo o motivo. Talvez seja por estar com Stela,ele disse que não me quer falando sobre outros caras,e com Stela isso é inevitável,ela sempre está falando de garotos.

Quando estávamos virando a esquina nos esbarramos com um homem. Eu especificamente dei de cara com o peitoral dele.

Penélope: perdão — eu falo olhando em seu rosto,e vendo que eu o conhecia.

Stela: oh... o cara da festa — ela fala apontando para ele,e sorrindo boba.

Theodor.

Ele não mentiu quando disse que apareceria de repente,quando eu menos esperasse.

Theodor: Penélope — ele sorri — quanta pressa vocês estão.

Penélope: desculpa mesmo. Estávamos fugindo da tempestade que vai cair.

Theodor: tempestade? Mas o dia está com um sol forte — eu olho novamente o céu,e as nuvens pesadas já não estavam mais presentes.

Stela: como assim? Estava tudo escuro a segundos atrás — ela fala confusa.

Penélope: acho melhor irmos para casa. até mais,Theo.

Theodor: por que não marcamos de nos encontrar algum dia? — ele fala me interrompendo — faz um tempo desde a festa.

Eu fico sem resposta,mas logo Stela como uma boa intrometida,fala.

Stela: ela adoraria. toma aqui o número dela — ela fala pegando uma caneta e um pedaço de papel da bolsa, e anota meu número,logo entregando para ele. Eu apenas sorri sem graça.

Theodor: nos vemos por aí — ele sorri gentil.

É inegável o quão lindo seu sorriso é.

Nos despedimos de Theo e fomos caminhando para casa,ou melhor,caminhando e discutindo.

Stela: mas ele é um gato,Nelle — ela fala adentrando minha casa.

Penélope: para de falar sobre isso. Você já fez a besteira de dar meu número para ele — vejo minha mãe na cozinha,mas ignoro e vou subindo para meu quarto.

Stela: oi,tia — ela cumprimenta minha mãe,mas vinha logo atrás de mim — sem contar que ele foi o único cara que você interagiu depois de tudo o que aconteceu. Ver ele assim do nada é tipo um sinal divino.

Penélope: só para de falar sobre isso,tá bom? — eu me jogo em minha cama.

Eu não quero discutir com Tom por causa disso. Eu nunca sei quando ele está por perto,nem sempre ele dá sinais.

Bom,Stela continuou comigo o resto do dia. Ela não tocou mais no assunto,mesmo ela querendo muito.

Por volta das cinco da tarde,estávamos em meu quarto conversando sobre o relacionamento dela,até que meu celular começa a vibrar. E Stela arregala os olhos.

Stela: será que... — ela abre um sorriso.

Eu pego meu celular e respiro aliviada.

Penélope: é meu pai,Stela — seu sorriso desaparece. Então eu atendo o celular — oi,pai — falo logo ao atender.

Ligação: você é da família de Dante Veneto? — uma voz desconhecida fala do outro lado da linha.

Penélope: sou filha dele.

— o senhor Veneto está sendo levado para um hospital. Ele sofreu um acidente grave e está sendo levado em uma ambulância. O acidente foi na perimetral — na mesma hora eu gelei e a ligação foi desligada.

Stela: que cara é essa,Nelle? — ela fala preocupada. Sem pensar muito eu corro para o quarto dos meus pais,minha mãe estava lá olhando alguns trabalhos,e seu celular estava ao seu lado,mas provavelmente desligado.

Logo ela me olhou estranho,acho que meu rosto deveria estar pálido naquele momento.

• Capítulo menor,só para pegar o embalo,amanhã/hoje eu posto outro maior.

• não reviso os capítulos então, desculpem pelos erros ortográficos.