Sístole de Tinta¹

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—— Disputa de Sangue e Tinta ——

Capítulo 4: Sístole de Tinta; parte um

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Capítulo 4: Sístole de Tinta; parte um.

     Assim que [Nome] deixou o apartamento, Light travou o maxilar e seu rosto tremeu. Suas mãos apertaram-se em punho com tanta força que ele sentiu os tendões travarem, seu peito estava cheio de uma ira assombrosa. A loucura o alcançou e ele gargalhou antes de se virar para a Amane. 

     — Que merda você fez, Misa? — riu enquanto o coração acelerava como se fosse explodir.

     Seus olhos nunca foram vistos tão frios e ameaçadores quanto naquela noite.

     Pela primeira vez, Misa sentiu medo de Light.

     Ele se aproximou a passos lentos e intimidantes, tão pesados que poderiam se fundir ao piso, enquanto ela recuava na cama, se encolhendo como se desejasse se fundir ao colchão, ela via o peito subir e descer num esforço quase inumano. Mas notando o olhar de medo dela, sorriu abertamente, enquanto os olhos ainda a devoravam e a loira sentiu o coração se tranquilizar.

     Não esperava que essa tranquilidade fosse ser massacrada segundos depois... 

     Era cedo da manhã quando [Nome] pegou o metrô. Não sentia felicidade ou tristeza, estava, na verdade, se sentindo suja.

     O cenário de Tóquio parecia mais deplorável a cada dia. Os túneis do metrô pichados de tinta fluorescentes que diziam coisas como "Viva a Kira, o Deus do Novo Mundo", soava para ela como uma sátira. Cada dia parecia mais difícil lidar com a realidade das investigações.

     Boa parte de sua mente se afundava em centenas de ocupações, assim, não lhe sobrava tempo para realmente sentir todas aquelas coisas. Quando estava a frente de um caso como aquele, as mortes estavam de certa forma em suas costas, cada dia que se prolongavam naquilo, era o peso de mais de cinco dúzias de pessoas.

     Ao entrar no empresarial, discou o número do andar e esperou aparecer a letra do elevador para ela. Assim que abriu, ela se olhou no espelho vendo a sombra esverdeada e os próprios olhos e acabou sorrindo distante, adentrando e vendo pelo reflexo as portas fecharem.

     Depois da descoberta de sua madrugada, ficou feliz em ver Mihael a esperando na porta de casa, encostado na parede com o celular na mão e chocolate na boca. Foi o seu conforto, passava das três horas da manhã quando ela chegou... ele sempre foi sua personificação de segurança.

     As portas do elevador se abriram e ela andou pelo corredor até a sala de investigação. Assim que entrou, ouviu a voz de Misa e encontrou os olhos aflitos e desconfiados de L., a esperando na porta. Ele sabia o tempo todo, ela entendeu.

     Sentou-se em sua cadeira depois de cumprimentar a todos e aceitar o café de Matsuda. Sentiu o olhar do detetive sobre si e o observou calma.

     — Me olhar assim não ajuda se está tentando esconder que sabia desde o início — brincou com ele que ficou sério e frio.

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⏰ Última atualização: Mar 13 ⏰

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