Acôrdo

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Era noite.

Da pequena sala dom só conseguia ouvir o acordicionado gelar, e também o homem a sua frente, que tentava arrancar alguma informação com um questionário.

- são seis anos de prisão Dominic, se me ajudar com qualquer informação posso ajudar você.- ele falava, sendo ignorado por dom que sequer o dava ouvidos.

Então o homem voltou a falar, narrando toda a história que Tran havia contado à polícia.

Dom não o ouvia , ele olhava seus braços marcados pelas agulhas do hospital, também olhova seus pulsos machucados. Não pelas agulhas, mas agora por algemas.

Ele lembrava te ter mia ao seu lado na cama do hospital, isso até quando a impediriam de ficar com dom, já que depois que ele se recuperasse seria levado a prisão.

Agora ele já não usava suas roupas, e sim um gelado macacão, da cor laranja.

Depois da noite no hospital, sua casa havia sido invadida, por ordem de Tran claro.

Oque tinha na oficina havia sido furtado, os móveis da casa , além de fotos foram destruídos. Além da cozinha que havia sido deixada para queimar, pois quando Vince chegou o forno do cômodo estava ligado, junto com as luzes acesas e os cilindros de gás abertos.

Dom sabia que era vingança de Tran.
Também sabia que por mais que ele tentasse colaborar com o advogado a sua frente ,não seria suficiente, pois Tran tinha dinheiro ,e faria de tudo para manter dom no lugar.

- Dominic?
O homem o chamou, vendo que dom não parecia prestar atenção ao que ele dizia.

-... Acho melhor voltar mais tarde. - ele se levantou, saindo da sala. - Lembra Dominic, não posso ajudar quem não quer ser ajudado.

Dom não o respondeu, e logo o homem saiu da sala, permitindo que o policial que o esperava do lado de fora entrasse, levando Dom até sua cela.

- A princesa voltou??

Os outros presos riam, enquanto dom era puxado pelo longo corredor.

O lugar não era lá tão desagradável.
Por ter chegado há três semanas, ele tinha uma cela só para si , e até que fosse condenado não precisaria sair do lugar, tendo sua comida traga até si.

O fato de mia está bem, aliviava dom.

Tudo oque ele sabia era que a irmã estava bem com Letty , já que Rosita e Carlos haviam cedido a casa para a garota.

Leon havia passado por um coma de doze dias ,mas agora estava na casa de Jesse, sendo cuidado.

Vince saiu do hospital com poucos dias ,e havia insistido em ficar na casa ,garantindo que não destruíssem o que havia sobrado.

Dom não podia receber muitas visitas antes do julgamento, e oque lhe restava para fazer era pensar. Então ele se ocupava pensando em mia...na casa... nos amigos e principalmente em Letty. A qual ele não tinha notícias, já que a última vez que ele havia a visto, havia sido na noite em que bateu em Tran, a deixando chorar no lugar.

Ele pensou em seu choro por longas noites.

Queria poder voltar no tempo e ter a acalmado antes de finalmente partir.

- Rokins!- um outro policial chamou de longe. - visita pro garoto.

- visita?- dom questionou.

E logo foi puxado novamente pelos corredores, ouvindo as várias piadas e ameças dos outros presos enquanto passava.

Logo Dom foi passado para um outro policial, o qual o levou até uma sala privada, o deixando somente de algemas.

A porta à sua frente foi aberta, e dom foi empurrado para dentro, agora sem nem um policial ou agente, eram apenas dois homens, um deles sendo Fernandez.

- Dominic Toretto.
Fernandez sorria.

- Tentativa de Homicídio?- ele apertou as sobrancelhas, fingindo estar confuso. - Jack não ficaria orgulhoso!

Dom se sentou na cadeira a sua frente, onde do outro lado da mesa o mexicano o encarava.

- Oque venho fazer aqui? Assinar minha sentença?- perguntou.

Fernandez sorriu.

- Quanto grosseria Dom! - ele pôs os cotovelos sobre a mesa, encarando dom, enquanto tinha um maço de cigarro envolvido por seus dedos. - Soube oque aconteceu com você e vim fazer uma visita!- ele fingia. - MAS BOM! - Fernandez se levantou.- Acho melhor eu ir.

Dom sabia que aquilo era um jogo.
Também sabia que não podia recusar qualquer que fosse a proposta.

Fernandez também sabia disso , sabia que Dom aceitaria, sendo parte de seus princípios ou não.

- Oque você quer?!- Dom o chamou, e Fernandez que já estava em pé voltou a se sentar, tendo um sorriso maior entre seus lábios.

- Esse é uma pergunta boa Dom!- ele arregalava os olhos, um tanto mais feliz. - "Oque eu quero"!

Fernandez se levantou, tragou seu cigarro e olhou as paredes da pequena sala, parecendo pensar.

- Tem um montão de coisas que eu quero dom! Eu quero a bela de uma bunda gorda sobre mim e aqueles peitos ,sabe? A droga de um put* gorda sobre mim! - ele trancou os dentes ,tragando o cigarro um tanto mais irritado - Também queria aquele perfume francês, qual o nome da porr* do perfume!?

- Clive Christian.
O outro homem falou.

- Boa Malcon!- ele apontou para o homem. - já ouviu falar sobre o perfume Dom?- ele perguntou.

- Não.- Dom respondeu, um tanto sem paciência, já que as visitas somente duravam cinco minutos.

- Eu queria muito o perfume Dom!

- São cinco minutos, podemos ir logo!- Dom pediu.

- Porr* cinco minutos?- ele balançou a cabeça, negativamente.

Dom detestava como Fernandez gostava de ser teatral, como ele gostava de deixar as pessoas nervosas e ao mesmo tempo ser tão babaca.

- Então vamos lá..- ele esticou os braços, sem soltar o maço de cigarro. - O trato ainda é o mesmo Dom!

Ele o mirou.

- MAS! agora só valem duzentos e cinquenta mil dólares! A dívida de Leon vai ser paga, claro! E vocês ainda podem ter o carro que quiserem, porém!.....- ele ainda enrrolava.

- Porém?- dom perguntou.

- Eu aumentei alguma coisinha.- ele sorriu.

Dom olhou o relógio na parede, vendo que faltavam vinte segundos.

- Oque mudou?!

- Além das joias, o carro e toda a droga da exposição!... Eu quero dinheiro.

- onde tá o dinheiro?- dom era rápido.

- Numa coberta luxuosa. - ele fingia naturalidade, como se invadir uma cobertura luxuosa fosse fácil e comum.

- Prá ser direto, em um cofre.

Dom olhava Fernandez, ele sabia que não podia recusar.

Não podia ficar no lugar durante anos.

Não podia deixar mia.

Não podia deixar Letty!

- oque me diz?

A porta atrás de si foi aberta, e dois policiais o levantaram da mesa, o puxando para fora.

Dom olhou para Fernandez, que sorria.

Logo ele foi tirado da sala e puxado contra sua vontade pelo corredor.

- SUA RESPOSTA DOMINIC?

Dom não chegou a respondê-lo, apenas concordou com a cabeça, perdendo finalmente o homem de vista.

Young lovers and Old CarsOnde histórias criam vida. Descubra agora