ANTONIO ON
Antonio acordou, levantou, tomou banho, se arrumou, colocou Caio que dormiu do seu lado no quarto dele e desceu.
— ANGELINA! OH ANGELINA!
— Que foi doutor Antonio? Algum problema?
— Nenhum problema. Só vim avisar que hoje não vou almoçar e nem jantar em casa. Tenho muita coisa pra resolver, então eu como qualquer coisa lá pela cidade mesmo
— Ta bem. E o Caio? Dormiu bem?
— Aham. Ele tá no quarto dele
— O senhor tá bem?
— E porque não estaria?
— O senhor parece nervoso, ansioso não sei
— Eu to normal Angelina. Agora vê se para de se intrometer na minha vida e põe o café logo na mesa porque eu estou atrasado
Ele tomou seu café da manhã rapidamente e saiu depressa de casa direto para a empresa.
— Bom dia doutor Antonio - Tadeu, o novo funcionário, disse sorrindo para o patrão
— Bom dia - Ele respondeu simples e seguiu para a sua sala
— Eita gente o que deu nele? - Tadeu pergunta para a secretária
— Não faço ideia, seu Antonio é assim mesmo. Ninguém sabe como ele vai tá
O novo funcionário concorda com a cabeça e se dirige para a sua sala.
O tempo parecia que passava devagar demais. Antonio olhava no relógio de tempo em tempo, entretanto ainda eram 10:00 AM
— Que chatice - Antonio desabafa para si mesmo
— Falando sozinho doutor Antonio? - A secretária entra na sala
— Ai que susto! Parece uma assombração.
— Eu vim informar o senhor que tera uma reunião em 10min
— Ãn?! Que reunião?
— Ué. Como que reunião? A reunião que o senhor mesmo marcou com os possíveis sócios
— Ah. Tinha me esquecido dessa reunião. Pode ir eu jaja estou la obrigado por me avisar.
Ele não estava se lembrando da reunião, afinal a única coisa que ele pensava era na mulher do bar.
Antonio realizou a reunião e o dia passou lentamente para ele. Almoçou na cidade mesmo. Depois teve outras reuniões, visitou , sua plantações, que não eram tantas mais que estavam aumentando a cada dia que passava.
Olhava os ponteiros do relógio em sua parede a cada instante, e a ansiedade e o nervosismo aumentava a cada hora lenta que passava.
Ele não estava mais prestando atenção nos documentos em sua mesa. Afinal ele não estava pensando em mais nada desde que viu aquela mulher ao não ser nela.
Até que o relógio depois de séculos marcou 21:00, o horário em que o bordel abria.
Pegou as chaves do carro e saiu depressa. Ele não se lembrava a última vez que correu tanto nas ruas de Nova Primavera.
