chapter nine.

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aviso: quando a música "We Belong Together" for citada, peço que escutem ela até o final do capitulo. está na playlist de S.S, link na minha bio.

Ohio, 1952.

Louis'POV

Minha cabeça estava numa dor terrível. Me sentia meio tonto, como se estivesse em alto mar. Eu escutei sons abafados vindo da cozinha, algum som muito alto, vozes altas, mas que... Eu não conseguia identificar de quem era.

Fui até a cozinha tendo que me apoiar nas paredes, minhas pernas estavam muito fracas, por algum motivo desconhecido. Encontrei meu esposo fazendo um desastre nas panelas, tinha um cheiro de queimado vindo do forno, e ele usava um avental na cintura cheio de flores. Estava com a roupa do trabalho.

— Oh, você acordou! — ele sorriu para mim grandemente, parecia estar se divertindo tendo uma tentativa de fazer comida. — Eu estou fazendo nossa janta. O que acha? Eu sei que não sou bom na cozinha, mas por você, estou tentando.

Me aproximei dele, totalmente confuso. Aquela cozinha estava virada do avesso, tal coisa que me deixava extremamente irritado. Todos os meus temperos estavam fora do lugar, ele precisou usar todas as panelas para achar uma que pudesse ferver os ovos. Ignorei tudo aquilo, e fiquei focado em uma coisa.

— Há quanto tempo está em casa?

— Cheguei faz algumas horas — despreocupado, ele me respondeu.

Eu estava tendo visões brancas. Eu olhava para Edward e só enxergava flashs brancos. Eu precisava me lembrar de algo. Algo que me dizia que tínhamos tido uma discussão anteriormente, e...

— Como eu vim parar aqui?

— Do que está falando, amor? — ele deu risada, como se eu estivesse louco. — Eu cheguei e você estava dormindo no nosso quarto.

— Cadê Matilda?

— Com a minha mãe. Hoje é sábado.

Ele notou que eu estava estranho, que não fui ajudá-lo na cozinha e fiquei ali parado. Edward abandonou as panelas e veio até mim, erguendo meu rosto, encontrando meus olhos confusos e sonolentos. Eu não queria ser tão necessitado do toque dele, mas, só de sentir seus dedos no meu rosto, nos meus braços, eu me amolecia inteiro.

— Oh, amor... Vamos dançar essa, por favor... — Edward estava sibilando nos meus lábios, ao som de What A Wonderful World, alinhando nossos braços.

Eu não pude escapar dele. Não conseguia. Apenas deitei meu rosto sobre seu peito, sentindo seu queixo se apoiar na minha cabeça. Ele brincava com as nossas mãos entrelaçadas, a minha mão sumia dentro da sua. Eram os mesmos passos que fazíamos. Para frente, e para trás, para um lado, e para o outro.

Edward estava fazendo os passos do nosso casamento. Eu puxei ele para dançar depois de ter feito aquela baboseira do buquê de flores, e então, fomos para a pista de dança no meio de todos os convidados. O mundo parava para assistir nós dois. O mundo parava sempre que eu olhava para ele, sempre que ele olhava para mim.

O mundo parava quando se tratava de mim e de Edward.

Não pude me conter, e ao invés de manter minhas mãos sobre as suas, eu o abracei com toda minha força, como se ele fosse escapar de mim. Edward nunca escapava de mim. Nunca escapávamos um do outro. Era sempre aquela paixão ardente, uma vontade incessante, de querer ser dois em um só.

Stockholm Syndrome | l.s Onde histórias criam vida. Descubra agora