Capítulo 44

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pov' seungmin

O fato é que me senti mil vezes melhor depois de ter feito aquilo com Bang Chan. É claro que o que eu fiz não foi grande coisa, foi apenas o que ele merecia naquele momento.

Não podia deixar Bang Chan me tratar como um pedaço de carne. Sei que às vezes gosto quando ele me trata praticamente como um submisso na cama, mas não é tão bom quando ele age desse jeito vinte e quatro horas por dia.

Existe um momento certo para isso, e me insultar em um jantar familiar não é um deles.

Pela próxima uma hora, Bang Chan me encara como se estivesse tentando bolar algum tipo de plano maligno para me dar o troco pelo que eu fiz com ele.

Sei que ele é o tipo de pessoa que não gosta de perder, e tenho certeza de que ele não está acostumado a perder contra um homem com quem transa, porque também sei que eles praticamente se ajoelham para conseguir ficar com ele.

Mas no momento não me importa o que ele acha, só estou feliz por ter vencido uma batalha, e acho melhor deixar as coisas como estão por agora. Continuo o ignorando pelo resto do jantar, mas não posso me impedir de provocá-lo de vez em quando.

Quando vou passar perto dele, faço questão de empinar meu traseiro para encostar nele ou ficar mais saliente, porque sei que ele fica louco quando faço isso. Converso com os convidados da festa sempre analisando seu comportamento e seu corpo, para saber como se sente enquanto eu tento provocá-lo.

Bang Chan coloca as mãos no bolso, dá uma enorme golada na sua bebida e sempre desvia o olhar quando olho para ele. Em alguns momentos ele afrouxa a gravata e respira fundo, sabendo que não importa o que fizer esta noite, nada vai acontecer entre a gente.

Quando percebo que ele está olhando para mim, deixo o decote dos meu peitoral mais aparente. E quando faço isso, eu o vejo se afastando e olhando para outro lugar, tentando não se sentir tão excitado.

Talvez eu também tenha vencido essa.

Sei que eu usar meu corpo como um objeto é errado, mas essa é possivelmente a única forma de irritar Bang Chan, então talvez compense.

Depois de alguns minutos, quando me canso de ficar em pé conversando com os convidados, eu faço um sinal para minha mãe a avisando que vou ir para a cozinha — onde não tem ninguém a não ser os cozinheiros e garçons — para descansar meus pés e minha paciência por um momento.

Quando chego lá, os funcionários ainda estão trabalhando. Alguns estão servindo algumas outras porções de comida para os convidados e outros estão limpando a cozinha.

Me sento em um banco alto e tiro o salto que está matando meus pobres pés, então estico minhas pernas no outro banco. Ajeito de volta meu terno para a posição correta e estico minhas costas.

"Deixe do jeito que estava, o decote aberto, mostrando seu peitoral, a visão era melhor" diz Bang Chan se aproximando de mim.

Ao invés de entrar pela porta da sala, ele entra pela porta de trás que dá passagem ao jardim, onde ele provavelmente estava.

"Agora você também decide o que é melhor ou pior?" Pergunto, abaixando meus pés do outro banco. "Ah é, você sempre faz isso, porque sempre opina em tudo, mesmo quando não tem nada a ver com você."

Bang Chan ri e coloca o copo que segurava na bancada.

"Só estava te elogiando, Min. Já disse, você tem peitoral bonito" ele diz, ao colocar sua mão na minha frente.

Ele fica tão próximo de mim que seu corpo quase encosta no meu.

"Não, não estava. Você não faz nada sem segundas intenções, Bang Chan, sei que você quer..." olho em volta para os cozinheiros distraídos e aproximo minha boca do ouvido dele. "Transar."

"E isso seria ruim?"

Penso por um instante, então coloco minha mão no peito dele e o empurro levemente. Abaixo para pegar meus sapatos e fico na frente dele, ainda próximo.

"Na verdade, não, não seria. Mas... você sabe, ainda estou bravo com você." Respiro fundo e penso um pouco sobre de onde ele veio. "Desculpa se te deixei desapontado, sei que você queria isso mais do que tudo, já que teve que ir pra varanda pra tentar parar de se sentir tão tentado por mim" digo com um sorriso.

"Não é só isso que as pessoas fazem na varanda, Seungmin. E não fugi de nada, só queria um pouco de silêncio.

"Claro," falo ironicamente. "Apenas silêncio, porque é isso que idiotas procuram quando estão excitados."

"Como é?" Pergunta ele, com as sobrancelhas surpresas por eu sugerir tal coisa. Mas não fala mais nada, já que era verdade.

Ignoro sua pergunta e me viro para sair da cozinha, mas Bang Chan puxa meu braço e encosta sua boca no meu ouvido.

Uma mão sua segura meu braço com firmeza e a outra se encaixa na minha cintura, onde ela desce e quase chega na minha bunda.

"Eu vi como você queria isso a alguns minutos atrás, não se faça de difícil, Seung." Ele sussurra.

Talvez seja verdade.

Quando o vejo me olhando daquele jeito tudo o que eu quero é beija-lo, mas não vou fazer isso agora. Eu viro minha cabeça levemente em sua direção e solto um sorriso vitorioso.

Agarro sua mão sutilmente e a tiro do meu braço, então vou até a sua outra mão na minha cintura e faço a mesma coisa.

"Isso é o que você ganha por ser um babaca, Bang Chan." Digo. "Agora, me dá licença que eu preciso ser gentil e paciente com mais algumas pessoas, se eu ficar mais tempo com você não vai sobrar mais nenhuma paciência para o resto dos convidados."

Eu me afasto dele e volto para a sala, e percebo que Bang Chan me observa até me perder de vista.

Me sento em uma cadeira na sala, onde calço de volta meus sapatos, e logo continuo conversando com as pessoas que insistem em falar o quanto eu cresci desde a última vez que me viram.

Bang Chan fica mais afastado de mim pelo resto do jantar, e quando todos vão embora, ouço as notícias da minha mãe que deu tudo certo e que eles vão assinar o contrato no dia seguinte.

Quando vou para o meu quarto, me troco e olho ligeiramente pela a janela, para o quarto de Bang Chan.

Foi por um triz que eu não me rendi a seus lábios carnudos e seus olhos escuros, mas não me arrependo de ter feito isso hoje, não se foi isso que precisou para Bang Chan entender que ele não pode me tratar mais daquele jeito.

Say My Name | Chanmin/SeungchanOnde histórias criam vida. Descubra agora