Capítulo 3 - Vigilante das Portas

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— Preciso de um nome! Mas algo brega, para todo mundo rir antes do espetáculo. — Murmurou baixinho para si mesmo ouvir.

A roupa era feita sob medida para o seu corpo; o sobretudo era preto em tom carvão, a mini cartola era elegante, e a bengala dava uma certa sofisticação a tudo.

Coloquei a máscara e me olhei no espelho. Quase saí do personagem soltando uma gargalhada. A máscara era estranha demais e tinha uma porta onde ficaria o rosto.

— Eureka! O Vigilantes das Portas! — Decidindo o nome, o jovem finalmente se decidiu.

***

Em uma loja próxima dali, algo estranho parecia estar acontecendo: pessoas lá dentro estavam sendo feitas reféns, e o criminoso, por coincidência, era alguém conhecido.

A mesma pessoa com o poder de prever os movimentos do oponente, mesmo depois de seu ataque ontem, estava simplesmente confiante demais para cometer outro assalto em seguida. As vítimas foram todas colocadas em um canto.

Seu alvo era uma pequena loja de conveniência a um quarteirão de distância da casa de Ardeli. Como era Halloween, era extremamente fácil entrar em locais com fantasias estranhas.

Mas parecia que foi bem planejado o local; o sinal de celular foi cortado por algum dispositivo e uma placa de "Loja em Manutenção" foi colocada na frente.

— Hehe! Tivemos muita sorte, a segurança deste lado estava fraca. Provavelmente eles confiam naquela heroína Rank B. Como é o nome da garota que nem me acertou um golpe ontem? Faísca Roxa? — O criminoso, com uma máscara preta no rosto com furos para respirar e ver, ria gloriosamente enquanto apontava uma metralhadora em direção aos reféns.

"Tsk! Estou com problemas..." Elena, no meio dos reféns, resmungou com seu azar nesse momento.

Ela simplesmente não poderia agir nesse momento; era perigoso demais, e sua identidade poderia ser exposta.

"Hm?! Não é um pouco similar ao cenário que aquele merdinha descreveu?" Elena rangia os dentes, culpando o mesmo pelo seu azar.

O criminoso causava pavor nos reféns, batendo em alguns de forma cruel. Ele pegou uma faca, escolhendo uma vítima aleatória, e a esfaqueou na barriga como punição por fazer barulho.

A vítima era uma criança com cerca de doze anos de idade, que também não escapou da crueldade do bandido.

Como se estivesse se vangloriando, o bandido estufou o peito e disse com voz alta:

— Tudo foi bem planejado. Mesmo que eu fique aqui por uma hora, nenhum herói vai chegar. — Falou, levando a faca até sua boca e lambendo o sangue da criança, quase como um lunático, apavorando os reféns.

Ele ainda forçou uma vítima a gravar todo o terrorismo para postar na Internet mais tarde. Todos estavam apavorados, enquanto notavam o sangue escorrendo pela barriga da criança, que chorava de uma forma sem soltar som de medo.

Um som de palmas ecoou por todo o lugar, enquanto os reféns apavorados e Elane, quase desistindo de manter sua identidade em segredo, olharam na direção das palmas.

— Que belo espetáculo, meu amigo! — disse um homem vestindo um sobretudo preto, com uma perna cruzada em cima da outra, sentado em um balcão.

Todos os reféns olharam calados para o homem misterioso de sobretudo e uma máscara peculiar com uma estampa de uma porta.

— Quem é você? E como você entrou aqui? — disse o criminoso, espantado.

— Que rude da minha parte não me apresentar. Me chamo o Vigilante das Portas! E quanto a como entrei? Isso é um segredo. — Retirei minha cartola, me apresentando e me curvando diante dele. Claro, eu menti. Afinal, a porta dos fundos dessa loja sempre fica aberta. Já avisei diversas vezes o dono sobre isso, mas ele nunca me ouviu.

certamente isso é um tipo.Onde histórias criam vida. Descubra agora