certamente isso é um tipo.

Capítulo 4 - Convite

Um grito alto de dor saiu da boca do criminoso, ele se contorceu de dor e lentamente sua voz se esvaiu, sua respiração cessou e ele logo se encontrava morto.

— Por que?! A situação já estava contida, e a Associação estava a caminho. Não precisava matá-lo, seu monstro! — Elane explodiu nesse momento, me atacando com tudo.

Desviei, já esperando esse ataque, conhecendo sua personalidade explosiva. Não querendo prolongar tudo, entrei em um portal e fugi para meu quarto.

A Associação dos Heróis chegou logo em seguida, Fred foi na frente tentar consolar sua amiga, enquanto dois heróis chegavam e tentavam acalmar a todos, recolhendo as câmeras com as gravações do acontecimento ao redor.

— E-estava tudo contido... p-por que ele o matou? Qual a necessidade? — Elane tremia ao se lembrar da cena final, a bengala sendo estocada no coração do criminoso e o matando.

— A culpa foi nossa... se tivéssemos chegado a tempo... ou se fôssemos alertados antes sobre o crime. — Um homem vestindo uma fantasia vermelha de urso, parecia ser algum herói musculoso, disse enquanto socava a parede irritado com os acontecimentos.

— Pelo menos só um refém foi ferido... e não foi grave... mas ele meio que mereceu... esfaqueou uma criança... — Fred murmurou baixo com um leve ódio do ato perverso do criminoso.

— Mas como ele lidou com o poder de prever o movimento do adversário? — Perguntou uma heroína com um chicote e fantasia de vaqueira.

— Não sei... a cena foi estranha! Um balde, ele se teleportou e o atacou e simplesmente o acertou — disse Elane.

— De toda forma, tudo acabou bem, certo? — Fred disse em consolo.

***

Quarto de Ardeli.

— Sério? O que deu em mim? Se aquele criminoso fosse tão lunático naquele momento, todo mundo morreria! Seria uma explosão devastadora, entrei demais no personagem, tenho que controlar melhor se tiver uma próxima vez... — Ardeli murmurava, organizando seus pensamentos e percebendo seu erro no momento.

Ele respirou fundo, parecia nem ligar de realmente ter matado uma pessoa; afinal, aquele lixo esfaqueou uma criança. Mas uma atuação digna de Oscar, não é?

Depois de retirar e guardar a fantasia, Ardeli se jogou na cama. Finalmente, após um longo espetáculo, ele pôde descansar de alguma forma e dormiu feito uma pedra. Talvez seja a habilidade especial do antigo dono, um poder envolvendo preguiça? Ele pensou antes de se auto ridicularizar pelos seus pensamentos.

No dia seguinte, Ardeli acordou praticamente novinho em folha, tomou um longo e demorado banho, e depois, tomou o café da manhã.

Bocejei já com o uniforme no corpo, aguardando o horário, e então me teletransportei para o banheiro masculino antes de seguir para a sala.

Parecia que toda a escola estava fofocando, algo sobre o que aconteceu ontem. Todos pareciam animados e assustados, pensando no que fariam se fosse com eles.

— Tão barulhento logo cedo... — pensei em voz alta, sentando-me em meu lugar e apoiando a cabeça na mesa, com os olhos fechados.

— Vocês viram? Parece que a Associação emitiu um alerta dizendo que tomará providências sobre o Viajante das Portas. — disse um colega animado, entusiasmado com as fofocas.

Logo depois, Elena entrou na sala. Sua aura parecia extremamente irritada, e a turma logo se calou, evitando fazer qualquer barulho.

Parecia que tinham um pouco de compaixão por sua colega que havia sofrido tanto revés ontem.