PAULO DYBALA
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— Não sabem o que aconteceu com Rodrigo, durante a madrugada. – ouço a voz de Melany, enquanto tomamos café da manhã.
— Conta tudo. – manda Matias, partindo um croissant e atacando a manteiga.
Aquele desgraçado tinha bebido como a porra de um celta, embriagou metade da casa e está ótimo. É uma daquelas pessoas irritantes com total imunidade às ressacas.
Bentancur, por outro lado, parece à beira da morte.
— Ele se mijou inteiro na cama.
Começo a gargalhar, desacreditado.
— Não foi bem assim. – Rodrigo se defende, pálido. — Eu sonhei que estava no banheiro.
— Ah, é? – debocha Douglas Costa, ele passou a noite no sofá, tendo decidido não arriscar a curta caminhada até em casa ontem a noite. — Vocês tem...
— Está na cafeteira. – eu indico o fogão.
Estou tomando chá verde, na verdade, ainda tentando controlar o meu vício em cafeína.
— Merda, temos treino hoje à tarde. – resmunga Matias, sem paciência.
— Tenho certeza que a alma vai voltar pro nosso corpo, até lá. – respondo.
Bentancur também enche uma xícara de café, não coloca açúcar ou leite. Se joga ao meu lado e apoia a cabeça nas mãos.
— Está mal, amigo? – pergunta Ronaldo com um sorriso. — Tome algum remédio.
— Os remédios sumiram. – as palavras de Rodrigo saem todas emboladas. — Partiram com a minha alegria. A missa é em sete dias.
— Parece que você está morrendo, mesmo. – Douglas murmura.
— É por isso que eu não bebo mais. – Bentancur resmunga, com a mesma veracidade de alguém dizendo que pedra é pau.
— É, aquelas doses de whisky deveriam vir com uma proibição de quantidade. – digo. — Ou deveríamos parar de dar ouvidos para o filho da puta do Solé.
Bentancur abana a mão, talvez para afastar a memória dos erros de ontem.
— Alguém tem notícias da minha irmã?
— Ficou tão bêbada quanto você. – Douglas diz. — Os irmãos cachacinhas.
— É, porque foi na onda dele. – eu digo, apontando com a cabeça para o argentino mais novo do outro lado da mesa, vendo-o bufar.
— Mas será que só eu bebo? – ele se defende. — Não obriguei ninguém, beberam porque quiseram e agora estão aqui, me culpando!
— A menina estava caindo de bêbada, Matias. – viro-me, encontrando seus olhos. — Tive que carregar ela até o quarto e impedir que ela fosse para a piscina. – seus olhos se estreitam. — Deixou a menina sozinha com uma prostituta russa, merda.
Matias agora parece aflito, porque eu descobri o seu segredinho durante a madrugada.
Não é como se fosse difícil descobrir que ela era puta, bastava colocar os olhos nela.
Mas ouvi a conversa dela com Camila, na cozinha. E ouvi o suficiente para encontrar seu perfil num site de encontros.
Matias realmente tinha gastado uma boa grana pra comer uma boceta, mas aquilo não era da minha conta.
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EL AMANTE | PAULO DYBALA
FanfictiePaulo Dybala é o maior cafajeste, mulherengo e canalha da Itália, e eu virei a sua amante. © REESCRITA