CAP 2

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A noite já havia caído, e depois do jantar, Kim ajudava as meninas a limpar e guardar as coisas. Após terminar, o mais velho vai até a varanda, lá, se encontrava Lua, sentada no chão, com as pernas penduradas no batente, entre a cerca de madeira que preenchia os arredores do terraço, olhando pra escura mata a sua frente onde a única luz que refletia, era a de sua casa.

O mais velho senta ao seu lado e começa a olhar o céu que era pouco visível por causa das altas árvores.

— O céu tá lindo hoje não é. — Namjoon contemplava olhando pra cima.

Ela espia rapidamente, desviando logo o olhar, retomando sua antiga direção.

— É. — responde seco.

— Tá vendo aquelas sete estrelas que estão próximas umas das outras? — ele aponta, chamando a atenção da jovem que ainda continua sem olhar. — Cada uma delas tem um nome e todas as noites elas estão aqui.

Ela não contém a curiosidade, olha pra cima e franze o cenho.

— Só tem seis. A outra é a...

Lua... Exatamente, que não deixa de ser uma estrela.

Ela olha pra ele e dá um sorriso tímido ao notar a referência que ele usou. Mas logo desvia o olhar. O mesmo a fitava sereno com um sorriso em seu rosto.

— Você não treinou hoje. Tá acontecendo alguma coisa? Tem algo haver com o que aconteceu mais cedo? — seu semblante era curioso e preocupado.

— Só acho um absurdo! Ter que me esconder, esconder minha realidade, quem sou. Por algo que aconteceu no passado.

— É justamente por isso que eu tenho medo que vocês se machuquem.

— Eu sei me defender sozinha! — ela lhe olha. — Você mesmo me ensina!

— Mas acha que é o suficiente? Você tem que aprender a se controlar. Ainda estamos em processo. Não é simples assim...

— Confia em mim!

— Eu confio em você! Eu não confio neles. Você não sabe do que eles são capazes. Você não viu o que eu vi.

— Mas eu quero viver normal como todo mundo.

— Mas você vive. — dar de ombros.

— NÃO!! — ela se altera. — Não vivo. Você não deixa. Acha que todo mundo quer fazer mal a gente.

— Se descobrirem quem vocês são, sim! Quer que eu te lembre como seus pais foram assassinados? — dessa vez é mais firme com suas palavras.

Ela lhe encara mais uma vez, ia rebater, mas sabia que nada adiantaria. Se levanta e entra, o deixando sozinho do lado de fora.

Lua vai pro seu quarto, mas ao passar no curto corredor, ver a porta do quarto das mais velhas entre aberto e ver Úrsula dobrando alguns lençóis.

Ela permanece na porta observando a irmã mais velha que estava de costas.

— Aquele seu vestido que estava com um rasgão, eu remendei. Coloquei em cima da sua cama. — subitamente, Úrsula se pronuncia, ainda de costas.

— Como sabe que sou eu?

— Senti sua presença desde que entrou no corredor. — A morena continua sua ação de antes.

Lua corre em direção a irmã e a abraça por trás em busca de aconchego. A mais velha para o que estava fazendo e da um leve sorriso pela inusitada ação de sua caçula. Lua a solta e a vira pra si.

Midnight [BTS]Onde histórias criam vida. Descubra agora