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*Amanda

*Domingo

- 24 de junho de 1994 às 5:03

Hoje era dia de eu e os meninos nos encontrarmos, decidimos acordar bem cedo por causa do meu maldito trabalho.

Eu e Bento estávamos caminhando lado a lado e de mãos dadas, até chegar na casa dos Reoli.

Bento solta minha mão, e com a mão livre, ele bate no portão. Logo ouvimos barulhos de chave e Sérgio aparece.

- Bom dia, Sérgio. - falo sorrindo fraco e ele passa a mão na minha cabeça.

- Bom dia, Amanda. - ele diz e olha Bento. - Bom dia, Bento.

- Dia. - Bento diz e Sérgio dá passagem para gente.

Entramos na casa e vimos Dinho com a cabeça apoiada no ombro de Samuel e dormindo de boca aberta. Vou para perto deles e coloco meu dedo dentro da boca de Dinho, que acorda assustado.

- QUE NOJO, PORCA! - Dinho diz se levantando e quase vomitando.

Não me aguento e começo a rir tanto que caio de joelhos no chão. Samuel nos manda calar a boca.

- Desculpa. - peço tentando me recompor. Quando finalmente paro de rir me sento no sofá ao lado de Júlio, que pega minha mão e começa a brincar com os anéis dela. - Pode continuar.

- Quanto de dinheiro temos até agora? - Meu irmão pergunta e eu tiro meu salário do bolso.

- Não sei, mas acabou de aumentar. - coloco o dinheiro na mesinha de centro. Samuel se levanta e pega o cofrinho que eu tinha deixado com ele.

- Como a gente quebra? - Bento pergunta e eu me levanto rápido e jogo o cofrinho no chão, assustando os meninos. Sento em meu lugar novamente e coloco minha mão no colo do Júlio, que pega minha mão depois de se recuperar do susto.

Sérgio pega o dinheiro e Samuel os cacos. Sérgio joga tudo em cima da mesa de centro e me pede para contar.

- Ah, eu não conto dinheiro. - falo dando de ombros e Sérgio, Júlio e Dinho me encaram confusos. - Eu me perco na contagem, O Bento conta.

Bento concorda e começa a contar. Contando tudo (até o dinheiro do trabalho dos meninos), deu 931,34.

- Olhando por um lado, falta até que pouco para inteirar o valor. - Júlio finalmente diz e Dinho concorda.

- Por mais quanto tempo teremos que trabalhar então? - pergunto e Dinho suspira.

- Não sei, Amanda. Desculpa te envolver nisso. - ele diz e eu jogo um almofada nele.

- Já disse que apoio vocês independente de tudo, por vocês eu vou até o fim e enfrento o mundo. - falo e Samuel se joga em cima de mim, logo depois vem Sérgio, Bento, Júlio e Dinho.

- Te amo, Amanda. - Samuel diz e eu sinto beijos nas minhas bochechas, testa, cabeça e pescoço, o último lugar vindo de um certo tecladista.

- Também amo vocês! - afirmo rindo e tentando abraçar todos. - São os únicos amigos que eu preciso. - sorrio abertamente e penso como sou sortuda.

Continuamos abraçados, até eu avisar que tenho que trabalhar (infelizmente).

- Não queria que você fosse, Amanda. - Samuel fala me acompanhando até o portão.

- É, eu também não. - falo e damos risada. - Fala 'pro Júlio que na minha próxima folga eu vou sair com ele. - Samuel olha malicioso, mas concorda mesmo assim. - Até mais.

- Até. - ele fala e eu vou para o trabalho.

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Eu diminuindo a média pra 500 palavras. Obrigada pelos 2K, votos e comentários. Isso me ajuda muito. Amo vocês divas do meu coração 💞

O especial 2K sai sábado, pq eu nao tenho paciência pra escrever em meio de semana. Queria mudar os horários pra postar sábado e domingo, mas nao vou fazer isso (eu acho).

Escrito: 21/02/2024

Postado: 21/02/2024


Através dos seus olhos - Júlio RasecOnde histórias criam vida. Descubra agora