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Um toque de celular acordou Kaylee. Ela tateou a mesa de cabeceira, em busca do seu celular. Atendeu quando o achou, esquecendo de olhar o visor.

— alô?

— filha? — a voz familiar a despertou.

Kaylee se sentou na cama, olhando pra tela do celular.

— mãe?

Era a primeira vez em semanas que sua mãe ligava.

— aconteceu alguma coisa?

— não, só... Queria saber se estão bem. — a mulher disse em tom baixo.

— tá ligando escondido? — ela suspirou.

— onde está seu irmão? — a mais velha mudou de assunto.

— a essa hora deve estar na delegacia. — ela bocejou, voltando a deitar na cama.

— você está sozinha?

— tô.

A mulher resmungou do outro lado da linha.

— mãe, tá acontecendo alguma coisa?

— não, não é nada. Não se preocupe.

Era mais fácil falar do que fazer.

— preciso ir agora. Me ligue se precisar de algo. — ela disse.

— tá bom.

Logo a chamada foi desligada e Kaylee suspirou, jogando o celular na mesa de cabeceira. Sua mãe estava estranha. Algo estava acontecendo.

Ela se virou na cama, abraçando a coberta e cobrindo parte do rosto. Estava pronta pra voltar a dormir, quando ouviu a janela sendo aberta. Se virou e franziu o cenho ao ver as costas do loiro.

— o que tá fazendo? — perguntou confusa e ele deu um pulo de susto, se virando pra ela.

— eu? Nada. Não tô fazendo nada. — respondeu rápido.

Kaylee se apoiou nos cotovelos e o olhou, nem notando a forma como ele escaneava sua posição.

— por que tá aqui? E por que entrou pela janela?

— Scott e os outros estão tentando resolver a coisa da lista negra e... Achei melhor você não ficar sozinha, caso alguém apareça. — ele mexeu nas próprias mãos ansioso. — e a sua porta tá trancada.

— não tá com ressaca não? Minha cabeça tá explodindo. — ela voltou a deitar, se encolhendo na cama.

— Scott disse que não ficamos bêbados, por causa da cura acelerada.

Ela resmungou em concordância.

— que inveja...

— quer que eu pegue remédio pra ressaca? — se ofereceu.

— não precisa. Eu só preciso dormir mais um pouco. — ela se aconchegou na cama e fechou os olhos.

— tá. Acho que já vou indo então-

— você não disse que era melhor eu não ficar sozinha?

Ele engoliu seco, estava ficando confuso já.

— sim, mas-

— mas nada. Vem cá. — ela bateu com a mão no colchão e Liam relutou. — anda logo. Não vou te morder.

Ele revirou os olhos e riu. Tirou os tênis e o casaco, subindo na cama e deitando ao lado dela, de barriga pra cima.

— minha mãe ligou... — ela resmungou e ele se virou pra ela, notando a proximidade em que estavam. — tem alguma coisa errada, mas não sei o que...

Fate, Liam Dunbar - Teen Wolf Onde histórias criam vida. Descubra agora