A Guerreira da Alma

Capítulo 4

A guerreira da alma, Lia, avançou com passos decididos em direção à casa de Nelly. Seu coração batia rápido e forte, uma sensação de inquietação se espalhando por todo o seu ser. Lia confiava em sua intuição como uma bússola infalível, e a sensação de que algo estava errado não a abandonava.

Ao chegar à porta da casa de Nelly, Lia preparou-se para bater, mas antes que pudesse fazê-lo, a porta se abriu com um rangido melancólico. Lia ficou momentaneamente surpresa, pois não esperava que a porta estivesse aberta tão facilmente. Um arrepio percorreu sua espinha enquanto Lia adentrava a casa, o pressentimento ruim se intensificando a cada passo que dava.

"Nelly?" Lia chamou, sua voz ecoando pelos corredores vazios da casa, mas não houve resposta. Um silêncio pesado pairava no ar, interrompido apenas pelo som abafado de sua própria respiração. Uma sensação de apreensão apertava o peito de Lia enquanto ela avançava mais para dentro da casa, seus sentidos alertas para qualquer sinal de perigo iminente.

Lia avançou pelos corredores da casa, seus passos ecoando em meio ao silêncio opressivo. Ela notou que tudo parecia estranhamente desarrumado, como se houvesse ocorrido uma luta ou uma rápida saída sem planejamento. Os móveis estavam fora do lugar, objetos caídos pelo chão, indícios claros de uma perturbação recente.

Seu coração batia ainda mais rápido, cada batida ecoando em seus ouvidos enquanto ela avançava, chamando pelo nome de sua amiga mais uma vez. Mas o silêncio continuava a reinar, envolvendo-a em uma atmosfera de suspense e incerteza.

Lia continuou a explorar os cômodos da casa, sua mente aguçada buscando por qualquer pista que pudesse indicar o paradeiro de Nelly. Cada sombra parecia conter um segredo, cada esquina uma possível revelação. A inquietação dentro dela crescia a cada momento, alimentada pela ausência perturbadora de sua amiga.

Com sua audição aguçada, Lia detectou um ruído sutil ecoando pelos corredores da casa. Seus sentidos estavam em alerta máximo enquanto ela se preparava para o confronto iminente. Num instante, uma figura esguia emergiu das sombras, seus olhos azuis brilhando com uma intensidade quase sobrenatural. A pele pálida da criatura parecia refletir a luz fraca que penetrava pelas janelas, enquanto suas asas enrijecidas se estendiam ameaçadoramente nas costas.

Lia observou a criatura com cautela, tentando discernir sua natureza e intenções. Seus instintos de guerreira entraram em ação, e ela se preparou para o embate, sua mente rápida buscando uma estratégia para enfrentar o desafio à sua frente.

Com um arrepio elétrico, a tatuagem do dragão nas costas de Lia começou a arder, irradiando calor através de sua pele. Seus olhos, antes tão serenos, agora se transformaram em dois orbes incandescentes, brilhando com uma intensidade sobrenatural. Uma determinação feroz tomou conta de seu ser enquanto ela se preparava para o confronto iminente.

A criatura avançou com um chiado raivoso, suas asas batendo furiosamente no ar. Lia saltou para trás, ágil como uma pantera, esquivando-se dos golpes do adversário. Cada movimento era calculado, cada respiração era uma preparação para o próximo ataque.

O embate se desenrolou em uma dança mortal, com os dois combatentes se enfrentando em um duelo de força e habilidade. Os movimentos de Lia eram fluidos e precisos, sua destreza de guerreira sendo posta à prova a cada investida da criatura.

O monstro avançou com garras afiadas, tentando agarrar Lia com ferocidade. Ela reagiu rapidamente, segurando os braços magros da criatura com toda sua força. O hálito fétido da fera invadiu suas narinas, mas Lia não se deixou abalar.