A EMPREGADA--- TOM KAULITZ

A tempestade

Agnes

Enquanto as nuvens cinzentas se acumulavam no céu, o ar ao redor da mansão Kaulitz tornava-se pesado e sombrio.

Eu, Agnes, ainda estava na cozinha, preocupada com a tempestade iminente e com a falta de comunicação com minha família.

Tom (sim eu descobri o nome dele),entrou abruptamente, sua expressão usualmente fria agora ainda mais austera.

Tom— O que você está fazendo aqui ainda? Não ouviu o noticiário? Estamos prestes a ser atingidos por uma tempestade e você deveria ter ido para casa.

Meu coração deu um salto diante de sua brusquidão, e minhas mãos começaram a tremer.

Agnes— Eu sei, mas não consigo entrar em contato com minha família. Estou preocupada com eles.

Tom— Isso não é da sua conta— ele rosnou, sua voz ecoando na cozinha silenciosa— Sua única preocupação deveria ser cumprir suas responsabilidades como empregada aqui

Antes que eu pudesse responder, aquela senhorita adentrou a cozinha com um sorriso artificial.

???— Oh, Tom querido, você parece tenso. Deixe-me cuidar de você— disse ela, com uma voz açucarada, tocando o braço de Tom.

Tom se afastou dela, sua expressão endurecendo ainda mais.

Tom— Eu não preciso do seu cuidado, Estefane. E pare de me chamar desse jeito, não somos íntimos.

Eu observava a cena com curiosidade e uma ponta de desconforto.

Ainda não sabia o nome da mulher que parecia estar sempre ao lado de Tom, mas seu comportamento sugeria uma relação mais próxima do que uma mera amizade.

Agnes— Desculpe, senhorita... quer dizer, senhora?— perguntei, tentando parecer educada.

Estefane— Estefane— ela respondeu, seu sorriso se tornando um pouco forçado.

Agnes— Estefane, certo— repeti, tentando fixar o nome em minha mente.

Enquanto a tempestade lá fora ficava mais intensa, a tensão dentro da mansão também aumentava.

Trovões ecoavam pelos corredores, competindo com o som da chuva forte batendo nas janelas.

Agnes— Eu preciso tentar ligar para eles de novo— disse eu, determinada a obter notícias de minha família, apesar do medo que me apertava o peito.

Tom suspirou, percebendo que não adiantava discutir mais comigo.

Tom— Vá em frente, mas não demore. Precisamos garantir que tudo esteja seguro aqui dentro.

Assenti e saí da cozinha apressadamente, deixando Tom e Estefane para trás em meio ao som da tempestade que rugia lá fora.

Enquanto enfrentava meus próprios medos e preocupações, sabia que havia mais do que apenas a tempestade pairando sobre a mansão Kaulitz.

Segredos e tensões espreitavam nas sombras, prontos para desencadear conflitos que mudariam nossas vidas para sempre...