Bad bitch

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NIKKI

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NIKKI

Clementine, minha doce Minnie, o amor da minha vida desde os tempos de ensino médio, agora vive uma realidade tão distante daquela que compartilhamos. Ela, a menina ingênua e reservada que conheci, tornou-se algo que jamais imaginei. Ver seu rosto, uma vez radiante de inocência, marcado pelo peso das escolhas que fez, é como encarar um reflexo distorcido de um passado que eu acreditava conhecer muito bem.

Como diabos ela chegou a esse ponto? O que aconteceu durante esses cinco anos que a jogaram nesse caminho? Perguntas me invadem como um turbilhão, mas as respostas se esquivam, escondidas em sombras densas.

Nossos sonhos, os planos que fizemos, cada promessa trocada em segredo, a porra da certeza de que juntos dominaríamos o mundo, continuam a ecoar. E agora, aqui estou, testemunhando a maldita realidade que envolve sua existência, enquanto os fantasmas do passado dançam ao nosso redor.

Clementine simplesmente se perdeu em meio às ruas de uma cidade amaldiçoada que devora sonhos e os caga em forma de cinzas.

Sim, eu sei da minha própria hipocrisia. Levo uma vida caótica, sempre atrás de prazeres fugazes, percorrendo caminhos que muitos considerariam obscuros. Envolvimentos com prostitutas, entre outras merdas, mostram a dualidade dentro de mim. Mas, apesar de estar imerso nesse inferno, o que descobri sobre Minnie me abala. É como se uma parte de mim se despedaçasse ao ver minha garotinha nos mesmos becos escuros que habito.

A tristeza e a desilusão me engolem, porque, mesmo sem perceber, eu queria acreditar que ela permaneceria intocada por esse mundo cruel, preservada na sua inocência para sempre. Mas a vida, desgraçada como é, desfez minhas ilusões e me obrigou a entender que nem os mais puros estão imunes às trevas que nos cercam.

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No clube de striptease, a música bombeia nos meus ouvidos e as luzes coloridas piscam, deslizando pelo salão. O cheiro de álcool e cigarro impregna o ar, saturando meus sentidos, embora eu já tenha me acostumado com essa névoa de decadência.

Sentado em um canto reservado, segurando um copo de whisky, arrisco alguns goles, mas nada parece ter sabor. Minha mente vagueia para longe, mergulhada em pensamentos e memórias. Clementine está lá, sempre lá, mesmo quando a tentação deste lugar me rodeia. Seu nome ressoa na escuridão, uma lembrança constante do que foi e do que poderia ter sido.

Enquanto as strippers se contorcem no palco, seus corpos nus ondulando animadamente ao som de alguma batida do Culture Club, mal dou atenção a elas. São apenas silhuetas, insignificantes diante da tempestade que se agita em meu coração.

Dear, Clementine | Nikki SixxOnde histórias criam vida. Descubra agora