Galpão 7

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31 de Outubro

Querido Will,

A casa estava vazia, os pássaros lá foram não cantavam e Jane não escutava mais uma de suas músicas para sábado de manhã. A rotina que eu tinha estava sendo quebrada mais uma vez, o que seria desta vez? Havia uma caixa com todos os presentes que lhe dei ao longos dos anos ou um grande aviso na porta da geladeira dizendo: "Me esqueça, Ema Carter". Tudo isso se dava em grande culpa à você, porque você não estava aqui. Eu só queria passar o dia na cama e voltar a dormir, mas reuni as poucas forças que ainda me restavam e desci para o dejejum. Não havia ninguém em casa, mas a mesa estava abastecida de croissants, em pouco tempo banhei e devorei pelo menos uma parte de tudo que havia naquela mesa.
Reparei no vazio que a minha vida estava sem você, talvez se eu voltasse para os livros a saudades passasse. Avistei na prateleira o livro que você havia me dado naquela tarde do dia 21 de Outubro, "Apenas Amigos?" da Jennifer LaBrecque. Eu só me lembro de o ter tirado da bolsa e o posto na cama, foi quando Gustavo me mandou uma mensagem. Eu sei que eu jamais deveria ter dado a ele a chance de sequer nos falarmos de novo, mas eu senti a falta dele, não que ele tivesse sido o melhor namorado, porém foram dois anos e desde que ele foi embora eu nunca mais consegui manter um relacionamento, certo que ele não me completava como você mesmo dizia, eu só fui perceber isso quando dei o primeiro suspiro sem suas crises de ciúmes, no entanto, ele me avisou que estava voltando para São Francisco e queria me ver. Então na tarde do dia 21 depois que você me deixou em casa, eu pus meu melhor vestido e fui encontrá-lo. Conversamos bastante e eu vi o quanto ele mudou, chamei-o para jantar na minha casa, até tentei lhe ligar, mas você estava sem bateria, foi uma noite daquelas e até mamãe concordou sobre Gusta ter mudado comigo. Ao final pensei em lhe ligar, mas deixei para lhe contar no dia seguinte quando chegasse na aula de biologia, mas você não estava, te liguei, deixei recado, fui a sua casa, ao parque Gold Gathe Bridget, mas foi quando voltei ao colégio que vi todos comentando que você sumiu. Alguns chegaram a me perguntar se você havia morrido, mas a verdade é que você fugiu de mim, e essa era uma pergunta que nem eu saberia responder. Mas voltando ao que interessa, peguei aquele livro na prateleira, havia uma pequena carta junto a uma dedicatória logo que abri, era um bilhete seu:

" Vá até o jardim na casa de árvore tem algo para você.
Beijos de Takô,
Will."

Havia uma caixinha de madeira com meu chocolate preferido e uma chave, na etiqueta da chave dava um endereço: " Rua San Paul, Galpão 7". Aquilo me deixou apreensiva, você fez tudo isso por mim sem que eu sequer notasse... Fui caminhando até o endereço que havia no papel, tentei imaginar o que me aguardava quando eu chegasse, então me deparei com várias fotos nossas, desde a nossa primeira foto até a última. Você como sempre sabia me surpreender, e sem perceber às lágrimas começaram a rolar em meu rosto, um buquê de flores e uma mensagem em letras de LED me esperavam, o painel de luzes advertia: " Fortes emoções, prepare-se!". Outro bilhete dizia para mim subir as escadas, então me deparei com "Friends" tocando e havia partes da música em letras destacadas na parede:

" Eu poderia escolher um caminho mais fácil, mas os seus olhos me guiam direto para casa, e se você me conhece, como eu te conheço, você deveria me amar, você deveria saber, amigos dormem em camas separadas, e amigos não me tratam como você me trata, bem eu sei que há um limite para tudo, mas meus amigos não me amam como você, não somos amigos, nós poderíamos ser qualquer coisa, se tentássemos manter esse segredo a salvo, ninguém descobriria se tudo desse errado, eles jamais saberiam de nada que passamos "
  Meu coração se apertava a cada frase que meus lábios liam e meu pensamento tentava digerir, eu já não conseguia segurar o choror e o arrependimento tomava conta dos meus diversos sentimentos, era como um misto de culpa e desespero quando encontrei seu último bilhete, estava em cima da caixa grande e bonita:

" Lhe espero na floresta, por favor não demore e tomara que goste do presente.

           Beijos de Takô,
                                Will."

Dentro da caixa havia um dos mais lindos e deslumbrantes vestidos que eu já havia pegue em minhas mãos, er a um preto lindo com um belo decote nas costas, seu tamanho era acima dos joelhos e possuía um leve brilho. Mesmo que eu quisesse não encontrei palavras,  ainda e pus tava tentando entender em como durante todo esse tempo você escondeu gostar de mim, você simplesmente silenciou ao invés de tentar me mostrar. Eu sabia que você não estava na floresta, mas fui até lá, procurei vestígios de você ali alie um vazio enorme me respondeu.
      Em passos pesados e lento retornei para casa, apenas me tranquei no quarto procurando entender desde quando tudo aquilo começou, será que foi quando Gustavo foi embora? Ou quando passamos a dormir juntos? Meu Deus como nós dormíamos muito juntos, sabe eu confiava em você, eu me troquei tantas vezes na sua frente frente e você fingia ser meu melhor amigo durante todo esse tempo.  Chorei, chorei tanto porque você havia escolhido ir embora, chorei tanto que adormeci. Amanheci tonta e enjoada, tudo aconteceu me sugou bastante, escutei mamãe subir as escadas com passadas para o meu quarto, amigo conteve úteis me deparar com sua imagem vindo sentar na cama amigo ao meu lado. Desabei e enjoada seus braços ao controla a história,  ela tentou me convencer que você voltaria em uma hora qualquer e que eu teria que entendê lo.
A partir dali era de casa para o colégio,  apenas de vez em quando e q uuu ia ao clube,  mas ao chegar lá tudo me lembrava você,  já não consegui mais sair com meus amigos e até as aulas de história se tornavam uma tortura,  minha notas caíram, logo mamãe veio me repreender por isso é e eu cai em si...

Beijos de TakôOnde histórias criam vida. Descubra agora