Capítulo 22- Aegon Targaryen

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Com a chegada de Syrax e Drax carregando Caraxes à Porto Real foi como um sinal para Helaena. O conselho dos negros foi reunido novamente.

- O príncipe Aemond e a sua dragão Vhagar estão mortos.- Rhaenyra diz com um sussurro fraco.- Quero acabar com isso o mais rápido possível...Apenas Daemon e Adhara ficarão em porto real o resto dos montadores vão para os seus respectivos destinos e destruirão tudo.. Deixe Dragonstone por último, é o nosso local de encontro e vai ser o local da queda do usurpador.

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Helaena colocou uma armadura que pertencia a Rhaenyra, a princesa sonhadora parecia a reencarnação de uma deusa. Jaecerys e Baela olhavam a princesa com devoção.

  Ponta Tempestade se encolheu ao ver três sombras de dragões nos céus. Helaena foi a primeira a gritar o primeiro Dracarys para Dreamfyre sua dragão azul. A bondade e gentileza de Helaena se apagaram so existia a vingança pela morte de seus filhos. Baela e Jacearys não precisaram se envolver muito no massacre da casa Baratheon, a princesa Helaena que ficou conhecida nesse dia por um apelido, a mãe da vingança exterminou todos com o fogo.

- Por favor misericórdia...- O lorde Barros Baratheon o único sobrevivente estava ajoelhado aos pés de Helaena.

-Beije os meus pés.- Helaena sussurrou fazendo o lorde beijar desesperadamente o pé da princesa.- Vocês tiveram misericórdia das minhas crianças?

- Eu...- Lorde Borros finalmente olhou para a princesa e viu os olhos reptilianos de Dreamfyre nos olhos da princesa sonhadora.

- Então o senhor já tem a sua resposta.- Helaena agarrou a bochecha de Borros o fazendo queimar de dentro para fora.
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Rhaenyra e Maegor fizeram o impossível, derreteram as rochas da Fortaleza Lannisters e matou cada um que tinha o sangue do leão no castelo sem nem mesmo sair do dragão. Rhaenyra, a rainha cruel e seu marido o rei consorte cruel acabaram com uma das maiores casas em apenas um dia.

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  A vingança estava pronta, Sor Criston foi morto por Baela, a dívida estava quitada, agora só faltava a morte do usurpador e essa morte pertencia a Rhaenyra. A rainha Negra já tinha um plano em mente, e se punia antecipadamente por isso. Na hora do lobo, Syrax pousou no pátio do castelo de Dragonstone quebrando várias coisas no processo. Soldados verdes cercaram o grande dragão.

- Eu vim para negociar a paz!- Rhaenyra diz com determinação.

  Uma risada seca foi ouvida pela Rhaenyra e nas sombras surgiu Sor Otto.

- Claro...estamos cansados dessa guerra tanto quanto você. Saia de seu dragão e podemos conversar!- Otto disse.

- Eu vim como mensageira, bandeira branca, não podem me atacar e como um voto de confiança eu irei fazer o que manda.- Rhaenyra disse descendo de Syrax e a pedindo para ir embora.

Os guardas tentaram pegar o braço de Rhaenyra mas no mesmo estante as asas da rainha apareceram e o empurram para longe.

- Eu tenho pernas.- Rhaenyra diz caminhando até Otto que se encolheu mas se recompôs logo em seguida.- Eu quero conversar com meu irmão.
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  Rhaenyra encarava o seu meio irmão com pena, o seu pequeno Aegon estava acabado tanto fisicamente quanto mentalmente. O usurpador mancou até a irmã e se sentou em sua frente.

- Rhaenyra...à quanto tempo.- Aegon tinha a voz fraca.- Veio pedir rendição?

- Não, eu vim pedir à paz.- Rhaenyra pegou a mão do irmão.- Egg por favor pare com a guerra, você não tem mais aliados fora de Dragonstone.

- Eu não irei me render.- Aegon tirou a mão de Rhaenyra da sua com força.- Se foi só isso vá embora!

- Pelo menos vamos tomar uma taça de vinho juntos e relembrar os velhos tempos.- Rhaenyra se levantou e foi até a mesa próxima onde tinha uma garrafa de vinho e duas taças.

Rhaenyra encheu as taças e se virou para o irmão.

- Um última vez irmã, antes de recomeçar a guerra.- Aegon disse pegando a taça da mão direita de Rhaenyra mas não bebeu apenas observou a sua irmã beber um gole generoso, depois disso finalmente virou o vinho inteiro.

-Aegon, porque?- Rhaenyra diz olhando para o irmão.

  Quando Aegon ia responder as pernas do rei usurpador falharam o fazendo cair no chão, os olhos de Aegon se voltaram para Rhaenyra que tinha um sorriso triste no rosto.

- O que você fez?- Aegon perguntou a irmã.

- Envenei você.- Rhaenyra respondeu.

- As taças de vinho.Como saberia qual eu escolheria?- Aegon perguntou fraco por conta do veneno que tinha nas taças.

- Eu não sabia.Envenenei as duas.- Rhaenyra disse colocando a sua taça em cima da mesa e se sentando no chão.

- Eu vou morrer?- Aegon perguntou à irma que pegou a cabeça do irmão e o colocou em seu colo.

- Eu garanti que o veneno seria indolor irmão.- Rhaenyra disse deixando suas lágrimas caírem.

- Você me traiu...

- Você me traiu primeiro irmão.- Rhaenyra devolveu a fala.

- Eu estou com medo.- Aegon disse finalmente aceitando a morte.

- Não fique com medo irmão.- Rhaenyra acariciou os cabelos platinados de Aegon.- Eu vou ficar aqui e não vou sair...eu te amo meu filho e saiba que está perdoado...lembra o que eu disse? Pode demorar o tempo que for mais eu sempre vou te perdoar Egg.

  Aegon arregalou os olhos e finalmente depois de muito anos chorou no colo de sua irmã que via como mãe, chorou no colo de sua inimiga.

  O príncipe Aegon Targaryen morreu nos braços da irmã ouvindo uma canção que Rhaenyra costumava cantar para espantar os medos. Como a morte do usurpador a guerra chegou ao fim...se não fosse por uma pessoa.

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