Vida nova!

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4 anos e alguns meses depois.

Chaeryoung entrou batendo os pés e se jogou com tudo na cama de suas mães. Dahyun que estava lendo algumas anotações em seu notebook quase caiu no chão com o impacto, o sorriso de ver sua filha da volta aula morrendo em seu rosto devido a forma que a viu entrar. Dahyun suspirou pesadamente, ela sabia que iria em poucos anos ter que lidar com uma filha adolescente quando disse sim para Momo no casamento, afinal ela também estava dizendo sim para Chaeryoung.

Não houve um só dia que ela tenha se arrependido de sua escolha, pelo contrário cada vez mais sentia que tinha sido a maior sorte de sua vida entrar e acabar também criando uma família com as duas pessoas que mais amava no mundo. Naqueles últimos anos a relação entre ela e Chaeryoung foi realmente para uma de mãe e filha, as duas acabaram se tornaram amigas, cúmplices e por que não reconhecer que Chaeryoung via em Dahyun a mediadora entre ela e sua mãe Momo.

Era óbvio as diferenças entre suas mães, Momo continuava a mesma e de certa forma Dahyun também, apenas que elas se conheceram melhor e isso fez a relação ganhar mais contornos. Sempre que tinha algum problema com sua mãe Momo, Chaeryoung sabia exatamente para quem correr, e no auge dos seus 14 anos, muito próxima dos 15, claro que ela via e reagia ao mundo a sua volta de forma bem diferente de como era quando criança e Momo reagia a isso de uma maneira bem menos flexível.

– O que aconteceu meu amor? Lembro muito bem de ter deixando você na escola muito feliz e saltitante. – Dahyun perguntou, ela já tinha fechado seu notebook e agora passava a mão pela costa da filha.

– A mamãe fez de novo, ela parece determinada a acabar com a minha amizade com o Lee. – Chaeryoung falou muito insatisfeita. – Mãe você precisa falar com a mamãe. Lee é muito bom e não contou para os pais. Mas ela tem que parar com isso, porque além do mais você sabe que depois que Nayeon se tornou Xerife vivia pegando no pé da mamãe e da tia Ryujin.

Dahyun suspirou outra vez, lógico que Chaeryoung ainda era muito nova e só tinha uma amizade muito forte com o Lee, um aluno que há dois anos se mudou para a cidade junto dos pais que vieram trabalhar na madeireira, mas Momo enxergava aquilo como uma ameaça. Sua filha não tirava o nome do garoto da boca, sempre cheia de elogios e aquilo soavam alarmes na cabeça de sua mãe.

Momo queria que ela fosse criança para sempre e mesmo que sua filha não pudesse ver sobre aquela perspectiva, ela já pressentia que aquela amizade poderia acabar em algo a mais e em sua cabeça se afastasse os dois, Chaeryoung acabaria não se interessando por mais ninguém depois. Ela era nova, mas estava crescendo na velocidade da luz e isso incomodava Momo de um jeito absurdo. Não queria pensar em sua garotinha dando o primeiro beijo.

Afinal ela mesma com todas as suas dificuldades sociais, com 14 anos já pensava em beijar garotas por aí, sonhando com suas artistas favoritas, e aos 15 também encostou seus lábios na boca de alguém pela primeiravez, então sabia que sua filha podia muito bem estar trilhando o mesmo caminho e ainda poderia ser mais rápido devido ao fato de Chaeryoung ser muito mais simpática e sociável que ela. Então começou uma intimidação velada contra a Lee, mas o garoto parecia uma mola de aço inquebrável quando se tratava de sua filha.

– Minha filha, eu vou conversar com sua mãe, mas você também precisa dar sua perspectiva a ela. – Dahyun falou. – O que ela fez dessa vez?

– Lee me contou hoje em nosso intervalo que ela o intimidou ontem. Quando a mamãe foi comprar picolé, viu que ele estava na sorveteira com os amigos dele do basquete e quando o viu sozinho foi até ele e disse “Eu tenho uma coleção de marchado” e depois foi embora. – Chaeryoung contou, ela gesticulava dramaticamente. – Por isso ela demorou mãe, não foi porque a sorveteira estava cheia... ela tem que parar com isso, Lee pode acabar querendo se afastar de mim.

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