A verdade?

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As vezes a rotina pode proporcionar um grande conforto, uma sensação de continuidade e ainda mais quando essa manutenção de atividades diárias é de momentos felizes e alegres. Para Momo era bom voltar a rotina de encontrar com Dahyun no restaurante pela manhã, agora ainda mais pois elas eram namoradas. E sim, Momo só faltava tatuar isso em sua teste de tão orgulhosa sobre este fato que ela estava.

Aquela manhã de quinta, lá estava ela usado seu intervalo e parte do seu almoço apenas para ir até o restaurante se sentar ao lado de sua namorada e apreciar uns minutos do seu dia da forma como aquela relação foi iniciada.

– Momo, antes de você ir até a mesa da sua garota, olha, a Nayeon passou aqui ontem a noite fazendo perguntas, não sei o que ela quer tirar dessa história, mas ela tem que parar. – Chaeyoung disse interceptando a amiga na porta do restaurante.

– Papai vai falar com ela hoje. Tudo resolvido. – Momo disse, ela nem ao menos olhava para amiga, seus olhos já estavam em Dahyun que sorria para ela.

Chaeyoung revirou os olhos, parecia que muita coisa era muito simples para Momo. Ela não sentia que sua amiga e a irmã da sua futura namorada que ela também podia considerar como amiga, fosse acabar sendo jogadas em uma cela por dar uma lição em um homem ruim. Mas, aquela insistência da polícia podia iniciar fofocas pela cidade e as coisas deviam se caminhar para a tranquilidade e não para um caos.

Dahyun ficou sorrindo até que Momo se aproximasse e se sentasse ao lado dela, agora elas julgavam que tudo bem que se sentassem lado a lado. O tradicional beijinho na bochecha agora era um selinho bem tímido e singelo entre elas.

– Linda. Bom dia, como foi seu sonho comigo? – Momo perguntou feito uma boba apaixonada e uma tola cheia de si.

– Tão convencida hahahaha. Bom dia, Momo. Eu estava tão cansada de ontem que acabei nem sonhando eu acho, não lembro de nada... mas valeu a pena a noite na casa de seus pais. Chaeryoung não me parecia uma criança que gostava tanto de brincar, mas foi divertido. – Dahyun falou se lembrando da noite que teve.

– Ela convive com muitos adultos cansados. – Momo argumentou. – Até o fim do ano eu quero...

Momo abaixou a cabeça, sua filha merecia tanta coisa, com certeza quando foi adotada não devia pensar que sua vida seria levada a uma tragédia seguida de desesperança de ter a família que tanto sonhou. Aquela era uma culpa que Momo carregava. Não queria confundir o momento em que vivia em sua vida amorosa com a relação que tinha com Chaeryoung, mas não podia negar que seguir em frente no amor, não lhe dava mais estrutura emocional.

Ela deixou no ar o que queria, não teve certeza se Dahyun realmente entendeu, apesar dela a entender tanto bem, aquele assunto ainda era complicado e até um pouco raso entre elas. Tinha uns porém também, afinal ela era uma mulher com filha, então era algo que já estava de certa forma imposto a Dahyun, felizmente via que sua namorada gostava daquilo.

Mas, as intenções de Momo não era uma aventura, aquele namoro era muito sério para ela, não iria dizer que já pensava nelas morando junto ou se casado, pois sem dúvida nenhuma isso poderia amedrontar Dahyun com se fosse um balde de responsabilidade e compromisso jogados em sua cabeça, mas nada impedia ela de pensar em tudo aquilo.

– Você quer conversar sobre isso comigo? – Dahyun questionou, ela tinha uma ideia de que Momo queria a filha junto dela.

– Sobre o que eu quero?

– Sobre o que quer, o que precisa fazer para conseguir e se acredita que é o momento certo... – Dahyun estava quase com seu corpo totalmente virado para Momo, se ajeitou melhor e passou seu braço pelos ombros dela.

Loteria - Dahmo - Twice. Onde histórias criam vida. Descubra agora