prisoners • l.s

thirteen

Aviso: Esse capítulo contém agressão física e menção ao estupro.

E está no fim do capítulo, caso se sintam desconfortáveis fiquem à vontade para pular.

Louis segurou a alça de sua bolsa com mais força e entrou pelas portas de seu trabalho ouvindo o barulhinho do sino. Seu corpo todo recebeu o vento quente que estava ali, num enorme contraste com o vento gelado das ruas. O local estava vazio e não tinha clientes, levando em consideração que eles só abriam as nove e tinha acabado de dar oito. Ele ligou para Billy perguntando se poderiam conversar, mas já adiantou o assunto de sua demissão fazendo o homem grisalho arregalar os olhos do outro lado da ligação e convidá-lo para um reunião antes do início do turno.

— Louis, é você? — a pergunta surgiu dos fundos da livraria e então a figura de Billy apareceu. Ele estava sorrindo e usava seus óculos de leitura, na sua mão esquerda havia uma xícara e pelo cheiro que subia pelo ar com certeza era de café. — Bom dia. — ele sorriu e Louis o imitou.

— Bom dia, Billy. — o menor respondeu tirando sua bolsa e colocando na cadeira onde normalmente usa.

— Confesso que o motivo da sua ligação me surpreendeu. Eu realmente estou perdendo a minha estrela mais brilhante? — ele encolheu os ombros e suspirou fundo. Odiava a sensação que estava sentindo, de desapontamento. Talvez não de Billy, mas com certeza de si mesmo.

— Sinto muito. Eu queria tanto continuar, mas motivos pessoais estão falando mais alto. — Harry. Para ser mais exato.

— Existe alguma coisa que eu possa fazer pra que isso não aconteça? 

— Infelizmente não. — ele não conseguia olhar em seus olhos. Mas quando fez, percebeu que seus olhos estavam parados em sua aliança.

— É de fato mais brilhante do que eu pensei. — os olhos azuis se tornaram confusos. — Agora isso fez sentido.

— O quê? Como assim? — Louis não entendia o que estava acontecendo.

— Desde o Natal o assunto que roda pela cidade é o tamanho e o brilho da sua aliança de noivado.

— Por que a minha aliança de noivado é assunto pela cidade? — Louis ouviu a risada alta de Billy e ficou cada vez mais confuso.

Zayn havia dito na festa que o assunto estava circulando, mas Louis imaginou que fosse entre seus amigos ou pessoas que faziam parte de seu ciclo social. Não de toda a cidade de Londres! E algo dentro se assustou ao saber disso.

— Não conhece a família que está prestes a entrar? Louis, eles comandam metade de Londres. — Billy respondeu ainda sorrindo. — Eles são considerados a monarquia, só que sem monarcas. 

— Certo. — ele não estava entendendo com clareza o que estava ouvindo, mas não tentou perder o foco do motivo que o trouxe ali. — E sobre minha demissão..

— Oh sim, infelizmente resolverei todos os papéis e no fim dessa semana mesmo você pode vir assiná-los. — o menor assentiu e sorriu para Billy. — Foi incrível ter você aqui.

Louis sabia daquilo e já estava sentindo falta.

                                                                                     [...]

— Não consigo lembrar a última vez que fizemos isso. — Louis agora estava sentado ao ar livre de uma cafeteria que ele sempre ia mais novo. Zayn estava junto com ele. Os dois conseguiram encaixar um lugarzinho na agenda corrida do artista para que eles pudessem tomar um café juntos.