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Clarissa percebeu que Raphael não fugiu do básico, quando parou em frente a um restaurante, entregando sua chave ao manobrista

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Clarissa percebeu que Raphael não fugiu do básico, quando parou em frente a um restaurante, entregando sua chave ao manobrista. O lugar parecia intimista, com luzes amenas, mesas afastadas por uma longa distância, uma arquitetura moderna, com cores neutras que davam um ar mais sóbrio ao espaço.

Veiga tomou a mão de Fontanna, a tirando do transe que estava, causando um certo susto, fazendo com que fosse reativa e puxa-se sua mão de volta. Ignorando a ação dela, o rapaz repetiu o ato anterior, desta vez entrelaçando os dedos. Ela não teve tempo se reclamar, pois eles já se aproximavam do maître do restaurante.

— Temos uma reserva em nome de Márcia Veiga — o jogador preferiu, esperando que o funcionário checasse a reserva.

— Podem me seguir, a mesa reservada fica por aqui  — ele os direcionou.

A mesa ficava afastada ao canto do restaurante, próxima a vidraçaria que permitia ter a vida de fora do local. Os dois se acomodaram, realizando o pedido logo em seguida.

— Espero que tenha gostado do lugar — ele disse sorrindo levemente.

— Eu gostei, é reservado. — respondeu, assentindo — Sua mãe que encontrou? A reserva estava em nome dela — questionou, ao deduzir o fato.

— Indicação dela, fez questão de reservar – Raphael soltou um riso ao lembrar da animação de sua mãe.

– Por algum motivo especial? – indagou, querendo saber qual o interesse de Márcia.

Clarissa estava jogando verde, a fim de colher uma informação.

– Na verdade, ela soltou alguns gritinhos histéricos, e disse que "sabia que estava acontecendo" – disse, se acomodando melhor na cadeira.

– Não acredito que isso aconteceu – murmurou, levando as mãos ao rosto.

– Não fui claro, mas ela acabou concluindo que uma mesa de restaurante não seria apenas para uma pessoa – deu de ombros, rindo com o ato de Clarissa, que assente e permanece por alguns segundos em silêncio.

– No fim, ela deduziu que isso é um date, pensei que não podia piorar – se manifestou, balançando a cabeça em negação junto a um riso fraco.

– E o que seria isso? Não é um encontro mais pacífico? – Raphael implicou, se preparando para soltar uma de suas piadas em seguida – Achei que fosse sua bandeira branca, um date selando a paz – provocou.

– Era meu acordo de paz, mas não abusa muito, que eu mando ele pro espaço – ela ameaçou, apontando para o jogador – Minha paciência é minúscula, se liga Raphael.

– Eu já consegui perceber Clarissa – brincou usando o mesmo tom – Mas pode ficar despreocupada, que eu vim com a jogada ensaiada.

– Daquelas que vocês ensaiam e ainda fazem erradas? – disse, não perdendo a oportunidade de zombar – Se for, você vai sair daqui sem título.

SUPERFICIAL | RAPHAEL VEIGAOnde histórias criam vida. Descubra agora