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Não fui pra escola pro resto da semana de raiva deles, e também de dor do tombo.

Estava assistindo "Fazendo meu filme" pela milionésima vez até que meus pais sentam nas poltronas laterais, e sempre que eles sentam ali é pra dar bronca.

Pauso o filme esperando a bronca.

-Filha, nós percebemos que este lugar não está fazendo bem pra você.

Sério? nem tinha reparado.

-Sua mãe recebeu uma oferta de emprego em São Paulo.

Eu só faltei pular de felicidade! recomeçar a vida em um cenário diferente, com até personagens novos! acho que li e assisti muito Paula Pimenta.

-Quando nós vamos?

Eles trocam um olhar com um sorriso.

-Ainda bem que ficou feliz, vamos no final de janeiro.

Dou um abraço de urso nos dois, já estou vendo que minhas bochechas vão doer de tanto sorrir.

-Obrigada, obrigada, obrigada!

Eu estou tão feliz, minha vida chata pode se tornar algo legal, finalmente.

Vou pro meu quarto e me jogo na cama, só que eu esqueço que estou machucada por causa da festa, então começo a rir, sim, RIR, enfim minha crise de riso para e conecto meu celular na minha caixinha de som e fico dançando e cantando que nem uma tonta, pelo menos uma tonta feliz.

Já acordei feliz, quase saltitando, meus pais são tranquilos então deixaram eu passear de manhã no parque, eu amo ficar lá na grama lendo ou escutando musicas.

Fico lá por uma hora mais ou menos, só pensando como minha vida vai ser, no café da manhã minha mãe falou que vamos morar em um prédio beeeem grande, mas, e a escola que eu estou mais curiosa.

Meu puro clichê Onde histórias criam vida. Descubra agora