Capítulo cinco

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SANTIS

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SANTIS

Normalmente a Ana vai vim ao meu quarto me entregar o jantar, e depois ela só virá no outro dia para me entregar o café da manhã.

Tem muitos guardas pela casa, de manhã cedo quando fui para o jardim consegui visualizar quantos guardas tinham e aonde eles ficam. É quase impossível sair daqui, mas só de pensar que posso finalmente sair dessa jaula sinto a coragem que eu nunca tive durante anos. Eu também tenho amizade com a Ana. Ana é um beta de 23 anos que trabalha aqui, ela normalmente me traz almoço e o jantar e vai embora para casa depois de me alimentar, acho que ela é paga apenas para fazer minhas comidas e me servir.

Ela é legal comigo, e ela também é a criada que passeia comigo pelo jardim, no começo eu tive muita raiva dela, por que ela também sabe da minha situação mas faz vista grossa, ela poderia denunciar, ela poderia falar com a polícia, mas não fez! Pelo visto Robert paga muito bem todos seus empregados, todos dessa casa sabe que estou sofrendo abuso, mas todos ignoram, isso tudo por dinheiro.

No final apenas aceitei que ela seria minha única chance de sair daqui, e não tinha como ela tentar nada comigo, já que ela é uma mulher beta. Criamos uma amizade, ou melhor, eu fingi ser amiga dela, eu planejei ir embora desse lugar há muito tempo, e claro eu precisava dessa beta para conseguir isso, então aceitei que ela seria a minha peça chave da minha fuga, todos os dias a gente saia do quarto, conversamos sobre nossas vidas, ela é uma pessoa normal, tem uma vida simples, e com o salário que o Robert paga ela vive muito bem mesmo sendo uma pessoa simples.

Me aproximei muito dela, tanto que quando Robert ia embora ela corria para o meu quarto me verificar. Idiota! Ela não é diferente dele. São todos uns filhos da puta.

Hoje finalmente vou fazer o que tanto planejei, Ana vai vim entregar meu jantar, e a partir desse momento vou começar meu plano de fuga.

(...)

Meu coração está batendo tão forte que estou sentindo minhas mãos suando, puta que pariu! que ansiedade, que nervoso, vamos Santis, você consegue, lembre-se, ela também é uma desgraçada, se ela realmente se importasse comigo ela procurava ajuda, ela chamava a polícia, de alguma forma ela me ajudaria, mas ela simplesmente prefere o dinheiro sujo do meu maldito tio. Então foda-se, eu preciso ir embora daqui e não importa o que eu vou fazer para conseguir isso.

Alguém bate na porta em seguida Ana abre, em suas mãos ela segura uma bandeja com alimentos, meu jantar.

— Boa noite Santis, trouxe seu jantar — Ela diz sorrindo e coloca a bandeja em cima da mesinha que tinha em frente a cama. — Eu estou indo para casa agora.

— Ana? — chamo, ela me olha.

— Sim? — ela responde e me encara curiosa.

— Você pode jantar comigo? — falo com minha voz em tom triste. — Por favor, me sinto tão só, comer sozinho é tão ruim! — finjo tristeza, normalmente ela iria deixar o jantar aqui e logo em seguida iria embora, eu nunca convidei para ficar comigo no quarto, então é meio estranho eu está chamando ela agora.

Eu quero você | Livro DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora