Capítulo trinta e cinco

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SANTIS

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SANTIS

Eu sabia que seria difícil olhar para esse homem, mas a dor que ele me causou me faz engolir todos os meus medos e inseguranças e me encorajou para enfrentá-lo. Tenho que olhar seu horrível rosto pela última vez, dizer a ele tudo que está entalado em minha garganta.

(...)

Já no carro eu me sinto ansioso e angustiado, mas não posso demonstrar, Angelis com certeza me levará de volta para casa e me prenderá. E eu não quero isso! Não aceito.

Eu preciso ver aquele desgraçado.

(...)

Ao sair do carro, sinto o vento gelado bater em meu rosto fazendo meus lábios tremerem. A rua é completamente vazia me lembrando daquele momento que aquele alfa nojento tentou se aproveitar de mim. Afastei todos esses pensamentos tenebrosos e puxei o Angelis para andar. Sua mão entrelaçou com a minha me trazendo um grande conforto. Apesar de tudo, Angelis é o único que me traz calmaria nesses momentos.

A casa que o Robert está fica poucos passos de distância do carro. Caminhamos apenas alguns passos largos e já chegamos. Observei toda a estrutura da casa, me dando pequenos arrepios.

Credo! Esse ambiente me traz sentimentos ruins..

Mais uma vez Angelis perguntou se eu gostaria de voltar para casa. Suspirei e pensei por alguns minutos, para falar a verdade, eu gostaria de voltar, eu queria ir embora desse lugar e me enfiar debaixo de uma cama e esperar até que o dia amanheça novamente, só então. Aquele monstro sumiria da minha vista novamente, mas então quando chegasse a noite tudo iria voltar. O pesadelo iria começar e ele estaria lá, como uma maldita assombração, me atormentando todas as noites, me deixando exausto e cansado de existir.

E eu novamente iria passar a noite inteira chorando e implorando para morrer.

Eu estou cansado disso.

Cansado de correr para debaixo da cama.

Estou cansado de fugir.

A forma que meu coração bate forte e os calafrios que sinto toda vez que imagino tudo que passei e a forma que meus pais foram assassinados me faz pregar os pés no chão, e encarar o mal com meus próprios olhos.

Agust abriu o portão, e então seguimos para dentro, não olhei muito em volta, eu realmente não gosto desse jardim pequeno e escuro, tudo aqui parece ser tão solitário e sombrio.

Ao entrar na casa foi impossível não reparar, as paredes brancas com a tintura desgasta, a poeira pelo chão, o teto com algumas teias de aranha. Essa casa parece abandonada.

Escutei o que o Agust disse sobre cela.
Aqui tem celas? Forcei minha vista para olhar para o corredor que está em minha frente, mas está tudo escuro, a sala principal que estou é comum e normal. Eu diria que é impossível ter celas de cadeia aqui dentro.

Eu quero você | Livro DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora