Capítulo vinte

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ANGELIS

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ANGELIS

Eu não posso acreditar que isso está acontecendo! Como posso ser tão burro?

Como deixei as coisas chegarem a esse ponto.

Marquei um ômega.

A porra de um ômega que está grávido de outro.

O que fiz com minha maldita vida? Tudo que meu avô não queria. Eu fiz. Ele me avisou, ele me disse inúmeras vezes, mas mesmo assim após trinta anos da minha vida seguindo seus conselhos, e colocando em ação tudo que ele me ensinou, após todo esse tempo eu consegui jogar tudo no lixo, Porra, eu sou um merda. Eu quero me bater nesse momento.

Deixei a droga desse sentimento infeliz ser mais forte que minha criação, deixei a minha natureza agir, e o resultado?

Eu marquei um ômega que carrega um bastardo em sua barriga nesse momento. Um ômega sem família, sem um nome, sem porra nenhuma. Que vergonha, eu sou a maior vergonha desse país.

Como contarei ao meu pai?

"Pai, eu marquei um dos meus ômegas"

Só o fato do Santis ser um dos meus ômegas, já seria um motivo de desprezo, mas eu poderia transformar isso em algo bom. Eu poderia suportar essa vergonha, mas o fato dele ser a porra de uma vadia e ainda está carregando um filhote de outro, isso já é demais.

Porra!

Jogo meu celular contra a parede com toda minha força, como suportar essa porra de realidade? Fecho meus olhos tentando respirar, um aroma familiar entra pelas minhas narinas me deixando pior.

O que foi? — a única voz que eu não queria ouvir nesse momento era essa, olhei em direção a porta, Santis está me olhando assustado, ele está com o rosto um pouco amassado, e cabelo bagunçado. — Esse negócio em meu pescoço está queimando! O que você tem? — ele leva sua mão para seu pescoço e faz uma careta.

Por que você fez isso? — pergunto, sinto meu corpo ferver de raiva, fecho meus punhos. Eu não consigo suportar esse negócio que estou sentindo agora. — Eu sempre tive razão, meu avô tinha razão! Ômegas são desprezíveis. — afirmo e caminho em sua direção.

— O quê? — ele me olha. — Seu avô? Por que está dizendo isso? — ele rebate. — A gente acabou de transar, é dessa forma que você me trata, você tem algum problema mental?

Cala a sua boca porra! — paro em sua frente, ele não se afasta, ele me encara com raiva, mas foda-se, eu não me importo com sua raiva agora.

Eu quero matar ele.

Mas eu não consigo.

— Não vou fica calado, eu não sei o que você tem ou que droga você usou para está dessa forma, mas você não tem direito de me mandar eu ficar calado! — ele fecha seus punhos e suspira pesado.

Eu quero você | Livro DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora