Capítulo trinta e sete

283 51 18
                                    

ANGELIS

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

ANGELIS

Não posso explicar em palavras quais sentimentos eu senti ao falar com meu avô. Sinto como se tivesse tirado um peso das minhas costas, a sensação é única. Ter o Santis ao meu lado me faz querer viver a vida de outra forma. Eu nunca imaginei que estaria disposto a largar tudo.

Eu nunca imaginei que poderia amar.

Essa vida que eu levei até conhecer o Santis, era uma vida vazia, sem significado, tudo era sobre sexo, dinheiro e poder. Mas agora nada disso parece ser valioso para mim como antes, tudo agora é sem graça. Não tenho vontade de  transar com qualquer um que eu ache gostoso ou que tenha um cheiro agradável. Também não vejo mais aquela necessidade de fazer o melhor para meu avô ter orgulho de mim.

Eu sei que fiz tudo que o vovô pediu, mas agora depois de saber de todo o passado do vovô, não tem sentido eu continuar com essa merda toda. Tudo que eu quero agora é cuidar do meu ômega, dar o melhor para ele, fazer ele feliz. Santis sofreu tanto, muito mais do que eu poderia imaginar, e agora finalmente o pesadelo acabou. Sua vida agora é outra, eu quero que seja especial. Vamos ter nosso bebê, nosso filho. Eu nunca poderia dizer o que realmente mudou, mas eu posso afirmar eu me sinto outro alfa, com novos pensamentos.

A felicidade do meu Santis vem em primeiro lugar independente de tudo. Eu darei tudo e mais um pouco para ele, se ele me pedir as estrelas, eu darei um jeito de conseguir. Meu animalzinho.

— Santis? — abraço sua cintura, puxando seu corpo para grudar ao meu. Estamos deitados em nossa cama, depois daquela visita ao meu avô, fomos comer algo e aproveitei para contar sobre a história do vovô com o Jake, depois passamos em algumas lojas de bebês, só então quando o sol foi embora voltamos para casa, para nossa casa. —  Ainda está acordado?

— Sim, seu nó ainda está muito inchado dentro de mim.

— Você que pediu.

— Eu sei, eu gosto. É bom sentir você assim dentro de mim. — mal percebo que estou sorrindo igual um idiota, que tipo de alfa eu me tornei? — O que você iria falar?

— Certo. — sua pergunta me fez lembrar que eu iria contar algo para ele. Eu finalmente sinto que estou pronto para compartilhar isso. — Bom, sobre os meus calmantes...

— Você ainda não explicou sobre isso...

— Eu sei, irei contar agora. Você já sabe que meu avô foi importante para mim, ele era minha zona de conforto. Ele me criou, e me ensinou tudo que eu sei até hoje. E ele sempre me contou sobre a história trágica do amor dele com o Jake. Então eu criei muita raiva do Jake e também de todos os ômegas, para mim os ômegas  eram insignificantes. E se eu achasse isso ao contrário eu me sentia mal por está tirando as palavras do meu avô. Quando meu avô se foi eu me afundei no álcool, drogas e tudo de ruim que você possa imaginar, eu me sentia culpado sabe? Eu sei que não era minha culpa mas de alguma forma eu me sentia assim. E depois foi piorando a cada dia, eu comecei a pegar ômegas, e vendê-los. Prostituir, fiz tudo que meu avô pediu e o mais importante nunca deixei ninguém entrar em minha vida. Mas tinha dias que era difícil, eu começava a chorar sem motivos, eu ficava sem conseguir respirar. Depois de muita negação busquei ajuda de um  psiquiatra, eu não quis fazer terapia ou essa merda toda, só pedi remédios que pudessem me ajudar nesses momentos. É, ele me passou os medicamentos, então faz anos que tomo esses calmantes quando a dor da culpa martelava minha cabeça, os remédios era meu refúgio.

Eu quero você | Livro DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora