Prólogo

176 29 19
                                    

— Você veio! – Renan cumprimenta Jão quando ele adentra no local.

Quem é Jão? Ora, você não conhece o famoso Jão Romania, com a sua banda talentosa e um rostinho e voz de anjo, que faz todos caírem aos seus pés, até homens héteros?

João Vitor é a sensação do momento no Brasil.
O melhor cantor pop da geração atual.
Por ser famoso, já se meteu em diversas encrencas e muitos o odeiam. Não que ele ligue...
Ele é rico, tem a pessoa que quiser e muitos os amam. Os fãs, ah... Os fãs! Jão os ama! Ele tem somente 29 anos e já conquistou o Brasil todo. O brasileiro mais queridinho/odiado do país.

Voltando para a narração, Jão está rodando o Brasil em tour com a sua banda. Inclusive, ele havia acabado de sair de um show e estava agora em um bar com duas de suas amigas conhecidas de outros tempos.

Ana e Vitória, ambas boa pinta e muito queridas. Também são cantoras, mas ao contrário de Jão, todos as amam.

— É, eu cheguei! Onde estão as bebidas? – João pergunta, mas se dá conta da pergunta idiota. É um bar, tem bebidas por todos os lados.

— Só levantar a mão que alguém aparece. Mas e aí? Como foi o show? Milagre não ter fãs ali fora... – A garota loira pergunta enquanto bebe um gole de sua cerveja.

— Ah, o show estava legal! Talvez eu tenha ficado com uma fã depois. – Ele balança as sobrancelhas de forma sugestiva. – E eu também estranhei não ter fãs lá fora, admito que até senti falta dos abraços e presentes.

— Espera... Você ficou com uma fã? – Ana pergunta indignada, enquanto Jão faz o pedido de uma cerveja.

— Não foi nada demais! Ela era bonita e depois do Meet and Greet eu chamei ela para "conversar" – Dá de ombros.

— João, qual a idade dela?

— Calma menina, eu conferi isso antes! Ela tem quase a minha idade. –  O moreno ri. – Não sou pedófilo!

— Não é, mas ilude os fãs. – Jão revira os olhos. Ele não ilude, todos sabem como ele é. Não se apegar é o lema, e se as fãs o procuram e são bonitas, qual o problema?!

Ah, não só fãs garotas. Jão não distingue gênero e o que cair na rede dele, tá no papo!

— Vocês que são certinhas demais! Mas me fala, quando vão lançar o álbum? – A garçonete traz a bebida dele e deixa um papel em sua mesa.

— Quando alguém da minha gravadora fizer merda, para encobrir eles lançam. – Vitória revira os olhos. A indústria musical é um lixo!

— Se você quiser eu faço alguma coisa escandalosa para você poder lançar. – João propõe rindo.

— Você não é da minha gravadora, cabeção! - Ana completa rindo também.

Eles tem uma boa amizade. Se conheceram por conta, justamente, da indústria musical. Fizeram uma música juntos, que estourou. E desde então, sempre que podem, se falam.

— Você vai para onde depois daqui? – João pergunta. Ele precisa e quer sair para se divertir.

— Para minha casa, deitar na minha cama e dormir. – Ana responde. Ele não gosta desse tipo de rolê.

— Você não tem nenhuma boate para me indicar?

— Pergunta para a garçonete que deixou o número dela com você – Pisca o olho e João ri. Ela é bonita, mas nem tanto!

— Eu procuro algo pelo meu celular. – Responde, voltando a beber e já mudando de assunto.

(...)

João chega na frente do local indicado pelo Google que haveria uma festa, mas ele está meio abandonado. Não tem barulho e nem luzes, e se isso é uma festa, está muito estranho!

— O endereço é esse... – Olha no celular e volta a olhar para a casa. – Será que é lá dentro? – Se pergunta e resolve entrar na mansão.

Ah sim... Era uma mansão, mas isso não é relevante.

Ao abrir a porta, se depara com uma escuridão total. Ele tenta ligar a lanterna do celular, mas por algum motivo o celular morreu. Ele se distrai tentando ligar o celular e então quando ouve um barulho de rato, se assusta.

— Que porra?! Eu vou sair daqui!–  Dá meia volta, mas a maçaneta da porta simplesmente sumiu. – O que está acontecendo?

Ele começa andar de costas e então, cai em um buraco no chão, o fazendo desmaiar por ter batido a cabeça.

Alinhamento Milenar (Pejão)Onde histórias criam vida. Descubra agora