Sonho bizarro

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Jão's Pov

Que dor de cabeça do inferno! Eu sinto como se ela tivesse sido esmagada.

Abro os olhos e me deparo com a luz do sol. Eu dormi de janela aberta?

Me sento e olho em volta, reparando que eu não estou num quarto. Que porra eu estou fazendo no meio de um campo? Eu usei alguma droga ontem? A última coisa que eu me lembro foi de cair num buraco numa mansão bizarra.

Espera... Roupas, ok! Celular, ok! Carteira, ok! Eu não fui roubado. Onde caralhos eu estou?

Preciso ligar para o meu agente... Cadê o sinal? O celular está funcionando, o que é estranho porque ontem ele apagou, mas hoje é como se nada tivesse acontecido. Preciso comprar outro celular, mas no momento eu tô mais preocupado em não saber onde estou. Fico de pé, procurando algum sinal.

— Mas que inferno! Onde tem sinal nessa merda? – Grito desesperado, subindo em cima de uma pedra e estendendo meu braço para o alto.

— O senhor está bem? – Ouço uma voz masculina e levo um susto, o que faz com que eu caia da pedra. – Oh, me perdoe – O cara vem me ajudar.

Finalmente olho para o dono da voz e me deparo com um moreno, muito bonito, que usava umas roupas estranhas.

— Eu tô legal! – Respondo, me desvencilhando da ajuda dele. – Onde pega sinal aqui?

— Sinal? – Franze o cenho. – Sinal de que?

— Celular? – Balanço o meu celular para ele.

— O que é isso? – Ele pega o celular da minha mão e fica avaliando. Que merda é essa? Só pode ser pegadinha!

— Haha, muito engraçado! É sério, eu preciso ir para o hotel, tenho show à noite e você não está facilitando a minha vida.

— Senhor, eu não estou entendendo.

— Para de me chamar de senhor! Você deve ter a minha idade! Eu preciso ir para o hotel! – Pauso. – Foi o Renan que te mandou aqui, não é?! Ele quis pregar uma pegadinha, mas eu já descobri, pode parar com o showzinho. – Cruzo os braços e sorrio debochado.

— Showzinho? –  Pergunta. – Eu não sou bobo da corte para fazer pegadinhas! Eu sou Pedro Palhares. O príncipe e herdeiro do trono.

Que merda esse cara tá falando? Ele só pode ser louco!

— Olha, eu não sei muito sobre a história do Brasil, mas eu tenho certeza que deixamos de ser uma monarquia faz tempo. – Me olha estranho.

— Deixar de ser uma monarquia? – Ele tá de brincadeira com a minha cara! – Desculpe a indiscrição, mas o senhor está usando brincos?

— Sim, tem algum problema com isso? Espera, o assunto não é esse – Falo já irritado – Onde eu estou?

— O senhor está no Brasil, mais especificamente num dos campos do palácio. Como o senhor entrou aqui? Vou pedir para reforçarem a segurança!

— Que porra?! – Começo a andar de um lado para o outro.

Tem um cara da minha idade, bonito, dizendo que é príncipe e herdeiro ao trono. Ele está vestido com roupas estranhas, como se fosse séculos passados... Ai meu Deus!

— Em que ano estamos? – Pergunto com os olhos arregalados. Não é possivel! 

— 1878, senhor! – Responde e eu arregalo os olhos mais ainda. Que?

— Não, não, não! – Começo a andar mais ainda.

— Tenha calma, senhor! Acho que você está perdido e precisa de ajuda. Pode vir comigo! – Me leva até um cavalo. Eu tenho medo de cavalos, então me afasto. – Ele não vai fazer mal. É manso!

Alinhamento Milenar (Pejão)Onde histórias criam vida. Descubra agora